Na Grécia Antiga, Lete ou Lethe (em grego antigo λήθη; [ˈlεːt̪ʰεː], grego moderno: [ˈliθi]) literalmente significa "esquecimento". Seu oposto é a palavra grega para "verdade" - alétheia(αλήθεια).
Na mitologia grega Lete é um dos rios do Hades. Aqueles que bebessem de sua água experimentariam o completo esquecimento.
Lete é também uma das náiades, filha da deusa Eris, senhora da discórdia, irmã de Algos, Limos, Horcus e Ponos.
Algumas religiões esotéricas ensinavam que havia um outro rio, o Mnemósine, e beber das suas águas faria recordar tudo e alcançar a onisciência. Aos iniciados, ensinava-se que, se lhes fosse dado escolher de que rio beber após a morte, deveriam beber do Mnemósine em lugar do Lete. Os dois rios aparecem em vários versos inscritos em placas de ouro do século IV a.C. em diante, em Turios, no sul da Italia, e por todo o mundo grego.
Rio Lete
O rio Lete na Divina Comédia
A Divina Comédia de Dante Alighieri envolve tradições gregas e católicas. Na segunda parte da obra, Purgatório, o Lete aparece como um rio de cujas águas os pecadores tinham de beber para apagarem a memória dos seus pecados cometidos - e já apagados pelos castigos purificadores do Purgatório - e entrarem no Céu.
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