quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Atena


Etimologia

Em grego (Athenâ), cuja etimologia ainda é desconhecida, sobretudo por tratar-se de uma divindade "importada" do mundo mediterrâneo ou, mais precisamente, da civilização minóica. Talvez se pudesse, segundo Carnoy, quanto ao primeiro elemento de seu nome, Ath-, fazer uma aproximação com o indo-europeu attã, "mãe", epíteto que caberia bem a uma deusa da vegetação da ilha de Creta, a uma Grande Mãe, que recebeu dos próprios Gregos o qualificativo de awaiã, "mãe", na forma (Athenaíe), depois reduzida a (Athenáa), fonte da forma ática (Athenâ), que já aparece em inscrições do séc. VI a.e.c.
Atena
O local de nascimento da deusa foi às margens do Lago Tritônio, na Líbia, o que explicaria um dos múltiplos epítetos da filha querida de Zeus: (Tritoguéneia) que é interpretado modernamente como nascida no mar ou na água.
Tão logo saiu da cabeça do pai, soltou um grito de guerra e se engajou ao lado do mesmo na luta contra os Gigantes, matando a Palas e Encélado. O primeiro foi por ela escorchado e da pele do mesmo foi feita uma couraça; quanto ao segundo, a deusa o esmagou, lançado-lhe em cima a ilha da Sicília.
O epíteto ritual, Palas Atena, não se deve ao Gigante, mas a uma jovem amiga da deusa, sua companheira na juventude e que foi morta acidentalmente pela mesma.
Daí por diante, Atena adotou o epíteto de Palas e fabricou, consoante uma variante tardia, em nome da morta, o Paládio, cujo mito é deveras complicado, porque se enriqueceu com elementos diversos, desde as Epopeia Ciclias até a época romana. Homero o desconhece. Na Ilíada só se faz menção de uma estátua cultual da deusa, honrada em Tróia, mas sentada, enquanto o Paládio é uma pequena estátua, mas de pé, com a rigidez de um ksóanon, isto é, de um ídolo arcaico de madeira. Seja como for, o importante é que se saiba ser o Paládio grandemente apotropaico, pois tinha a virtude de garantir a integridade da cidade que o possuísse e que lhe prestasse uma culto.
Desse modo, toda e qualquer pólis se vangloriava de possuir um Paládio, sobre juca origem miraculosa se terciam as mais variadas e incríveis narrativas.
O de Tróia, conta-se, caíra do céu e era tão poderoso que, durante dez anos, defendeu a cidadela contra as investida dos aqueus.
Foi preciso que Ulisses e Diomedes o subtraíssem. Tróia, sem sua defesa mágica, foi facilmente vencida e destruída.
O mais famoso e sacrossanto dos Paládios, porém, era o de Atenas, que, noite e dia, lá do alto da Acrópole, o lar de Atena, vigiava Atenas, a cidade querida da "deusa de olhos garços".
Atena
Preterida por Páris no célebre concurso de beleza no monte Ida, pôs-se inteira, na Guerra de Tróia, ao lado dos aqueus, entre os quais seus favoritos foram Aquiles, Diomedes e Ulisses. na Odisséia, diga-se de passagam, a deusa augusta se transformará na bússola do nóstos, do retorno de Ulisses a Ítaca, e, quando o herói finalmente chegou à pátria, Palas Atena esteve a seu lado até o massacre total dos pretendents e a decretação de paz, por inspiração sua, no seio das famílias da ilha de Ítaca. Sua valentia e coragem comparam-se às de Ares, mas a filha de Zeus detestava a sede de sangue e a volúpia de carnificina de seu irmão, ao qual, aliás, enfrentou vitoriosamente.
Sua bravura, como a de Ulisses, é calma e refletida: Atena é, antes de tudo, a guardiã das Acrópoles das cidades, onde la reina e cujo espaço físico defende, merecendo ser chamada Polías, a "Protetora", como ilustra o mito do Paládio. É sobretudo por essa proteção que é ainda cognominada Nike, a vitoriosa. Uma tabuinha da Linear B, datando de mais ou menos 1500 a.e.c., faz menção de uma A-ta-na po-ti-ni-ja, antecipando-se, assim, de sete séculos à (Pótnia Athenaíe) de Homero e demonstrando que a "Atena Soberana" era realmente a senhora das cidades, em cuja Acrópole figurasse o seu Paládio.
Sem se esquecer de suas antigas funções de Grande Mãe, deixando inteiramente de lado seu denodo bélico, Atena Apatúria, além de presidir nas Apatúrias à inscrição das crianças atenienses em sua respectiva fratria, favorecia, enquanto (Hyguíeia), Higiia, enquanto deusa das "boas condições de saúde", a fertilidade dos campos, em benfício de uma população a princípio sobretudo agrícola. É com esse epíteto que a protetora de Atenas se associava a Demeter e a Core/Perséfone numa festa denominada (Prokharistéria), que se poderia traduzir por "agradecimentos antecipados", porque tais solenidades se celebravam nos fins do inverno, quando recomeçavam a brotar os grãos de trigo.
Estava também ligada a Dionisio nas (Oskhophória), quando solenemente se levavam a Atena ramos de videira carregados de uvas. Uma longa procissão dirigia-se, cantando, de um antigo santuário do deus do vinho, em Atenas, até Falero (nome de um porto da cidade), onde havia um nicho da deusa.
Dois jovens, com longas vestes femininas, o que trai um rito de passagem, encabeçavam a procissão, transportando um ramo de videira com as melhores uvas da safra.
É bom não se esquecer ainda que na disputa com Posídon pelo domínio da Ática e, particularmente, de Atenas, Atena fez brotar da terra a oliveira, sendo, por isso mesmo, considerada como a inventora do "óleo sagrado da azeitona".
Atena
Deusa guerreira, na medida em que defende "suas Acrópoles", deusa da fertilidade do solo, enquanto Grande Mãe, Atena é antes do mais a deusa da inteligência, da razão, do equilíbrio apolíneo, do espírito criativo e, como tal, preside às artes, à literatura e à filosofia de modo particular, à música e a toda e qualquer atividade do espírito. Deusa da paz, é a boa conselheira do povo e de seus dirigents e, como Têmis, é a garante da justiça, tendo-lhe sido mesmo atribuída a instituição do Areópago. Mentora do Estado, ela é também no domínio das atividades práticas a guia das artes e da vida especulativa.
E é como deusa dessas atividades, com o título de (Ergáne), "Obreira", que ela preside aos trabalhos femininos da fiação, tecelagem e bordado. E foi precisamente a arte da tecelagem e do bordado que pôs a perder uma vaidosa rival de Atena. filha de Ídmon, um rico tintureiro de Cólofon, Aracne era uma bela jovem da Lídia, onde o pai exercia sua profissão.
Ainda como (Ergáne), "Obreira", a grande deusa presidia aos trabalhos das mulheres na confecção de suas próprias indumentária, pois que ela própria dera o exemplo, tecendo sua túnica flexível e bordada. E na festa das (Khaikeia), festas dos "trabalhadores em metais", deuas ou quatro meninas, denominadas Arréforas, com auxílio das "Obreiras" de Atena, iniciavam a confecção do peplo sagrado, que, nove meses depois, nas Panatenéias, deveria cobrir a estátua da deusa, substituindo o do ano anterior.
Associada ainda a Hefesto e Prometeu, no Ceramico de Atenas, ainda por ocasião das (Khalkeia), era invocada como a protetora dos artesãos. Foi seu espírito inventivo que ideou o carro de guerra e a quadriga, bem como a construção do navio Argo, em que velejaram os heróis em busca do Velocino de Ouro.
A maior e mais solene das festas de Atena eram as Panatenéias, em grego (Panathénaia), solenidade de que partiticipava Atenas Inteira, e cuja instituição se fazia remontar a um dos três maiores heróis míticos de Atenas: Erictônio, Erecteu ou Teseu, este último Atena e Crono - Pintura sobre telarealizador mítico do sinecismo.A comemoração era primitivamente anual, mas, a partir de 566-565 a.e.c. as Panatenéias tornaram-se um festival pentetérico, a saber, que se realizava de cinco em cinco anos e que congregava a cidade inteira. Um banquete público, que "re-unia" e unia todos os membros da pólis, dava início à grande festa.
Seguiam se jogos agonísticos, cujos vencedores recebiam como prêmio ânforas cheias de azeite, proveniente das oliveiras sagradas de Atena. Havia ainda corrida de quadrigas e um grande concurso de pirricas, danças guerreiras, cuja introdução em Atenas passava por ter sido da filha querida de Zeus. Precedendo a solenidade maior, realizava-se a (Lampadedromía), "corrida com fachos acesos", uma verdadeira course aux flambeaux, quando se transportava o fogo sagrado de Atena, dos jardins de Academo até um altar na Acrópole. As dez tribos atenienses participavam com seus atletas.
Atena
Atena
Atena teve um nascimento no mínimo diferente. Métis, primeira esposa de Zeus, a deusa da Prudência, quando estava grávida Urano profetizou que teria ela uma criança mais poderosa que o pai. Zeus desesperado com a profecia engoliu sua esposa.
Algum tempo depois, foi acometido de uma terrível dor de cabeça e pediu que Hefesto, o deus guerreiro, desse uma machadada em sua cabeça.
Logo o machado encostou, nasceu Atena, adulta, vestida, com muita sabedoria e armada da cabeça de Zeus, dançando uma dança de guerra e soltou um grito de guerra triunfante.
Deusa da Justiça, é uma das três deusas virgens, protetora do lar e também guerreira. Muito racional, elabora estratégias e táticas de guerra.
Padroeira da cidade de Atena, possui um lindo templo Partenon em que os relevos a representam como uma guerreira com capacete, lança, escudo e couraça.
Animal: coruja.
Planta: oliveira.
" Não podem, por acaso, os tiranos
Senão pelos tiranos ser vencidos,
Não pode mais, acaso, a Liberdade
Achar na Terra um campeão, um filho,
Como Colúmbia, ao irromper, um dia,
Armada e imaculada como Palas? "

Atena
Embora a mitologia lhe reservasse várias atribuições, em todas elas Atena personificava a serenidade e a sabedoria características do espírito grego.
Zeus, segundo a Mitologia Grega, para evitar o cumprimento de uma profecia, engoliu sua amante grávida, a Oceânide Métis.
Depois ordenou a Hefesto que lhe abrisse a cabeça com um golpe de machado e dela nasceu Atena, já armada. Acredita-se que ela era originalmente a deusa-serpente cretense, protetora do lar.
Adotada pelos micênicos belicosos, seu caráter tutelar completou-se com o de guerreira. Finalmente, transformou-se na deusa protetora de Atenas e outras cidades da Ática.
Como todos os deuses do Olimpo, Atena tinha um caráter dual: simbolizava a guerra justa e possuía uma disposição pacífica, representando a preponderância da razão e do espírito sobre o impulso irracional.
Em Atena residia a alma da cidade e a garantia de sua proteção.
Na tragédia Eumênides, Ésquilo deu expressão acabada à figura sábia e prudente de Atena, atribuindo-lhe a fundação do Areópago, conselho de Atenas.
O mito afirma que Atena inventou a roda do oleiro e o esquadro empregado por carpinteiros e pedreiros. As artes metalúrgicas e os trabalhos femininos estavam sob sua proteção; o culto a Atena se baseava no amor ao trabalho e à cidade.
Seu principal templo, o Pártenon, ficava em Atenas, onde anualmente celebravam-se em sua honra as Panatenéias e davam-lhe o nome de Atena Partênia.
Foi representada por Fídias na célebre estátua do Pártenon, de que se conserva uma cópia romana do século II da era cristã.
Os relevos desse templo apresentam sua imagem guerreira, com capacete, lança, escudo e couraça.
Os romanos assimilaram-na à deusa Minerva (que, com Juno e Júpiter, compunha a tríade capitolina) e acentuaram ainda mais seu caráter espiritual, como símbolo da justiça, trabalho e inteligência.

Athena (deusa menor)




Athena é filha de Zeus e Métis.
Desta relação com a deusa da inteligência, estava destinado a nascer um filho que superaria as forças de seu pai. Para evitar que isto acontecesse, quando Métis engravidou pela primeira vez, Zeus a engoliu. Em consequência disso, ficou com uma dor de cabeça que se tornou tão insuportável que ele mandou o deus Hefesto abrir o seu crânio com uma machadada. Quando isto foi feito, Athena de lá saltou, trazendo na mão uma lança. Athena é a deusa da razão e da sabedoria. Era símbolo da inteligência, da guerra justa, da pureza e das artes domésticas e era uma das divindades mais veneradas.
A virginal deusa é a protetora da vida civilizada, da agricultura, das atividades artísticas, como a literatura, e a filosofia das cidades, foi ela quem ensinou às mulheres a arte de tecer. É muito engenhosa, protege as fiandeiras e as bordadeiras. Inventou o carro de combate e ensinou o homem a extrair azeite das azeitonas.
Athena era simbolizada pelas oliveiras e pela coruja. Sua cidade era Athenas, que levara seu nome e onde havia cultos em sua homenagem.


ATENA (Minerva)

Atena nasce da cabeça de Zeus
já completamente armada.
É a deusa da inteligência, das artes, da indústria e da guerra organizada.
Deusa da sabedoria, das artes e ofícios, equivalente, em Roma, a Minerva.
O seu principal centro de culto era a cidade de Atenas, disputada para ser adorada porAtena e PoseidonPoseidon ofereceu uma fonte de água salgada para os habitantes da cidade, enquanto que Atena ofereceu uma oliveira sendo, por isso, considerada como a inventora do óleo sagrado da azeitona. Os atenienses optaram pela deusa e assim a cidade passou a se chamar Atenas.
Partenon, situado na acrópole da cidade é o maior templo dedicado à deusa e até hoje atrai visitantes de todo o mundo.
O mito do nascimento de Atena é de particular importância para entendermos a mentalidade dos gregos: Zeus tomara Métis (Sabedoria, Prudência) como primeira esposa. Estando ela grávida de Atena, o deus a engoliu, para que ela não tivesse um filho mais poderoso que o pai. Atena nasceu, então, da cabeça de Zeus, quando este foi atingido na cabeça durante uma batalha. Nesse momento, a deusa Atena saiu de dentro do ferimento da cabeça do pai, completamente desenvolvida e armada, pronta para defender seu pai.
Atena, nos primeiros tempos, era representada como uma jovem, mas foi envelhecendo como Atenas, sua cidade.  Minerva sobre ignorânciaSprangerNo fim, era representada como uma figura matronal, sob cuja proteção florescia o que havia de mais valioso na civilizada Atenas: a inteligência e as artes apuradas de viver. 
Estabeleceu o domínio da lei e até o conceito de misericórdia. 
Sua bravura é calma e refletida: Atena é, antes de tudo, a guardiã das cidades onde ela reina e cujo espaço físico defende, merecendo ser chamada, a Protetora.
É, sobretudo, por essa proteção que é ainda cognominada Nike, a vitoriosa.
Sem se esquecer de suas antigas funções de Grande Mãe, deixando inteiramente de lado seu lado bélico, Atena favorecia, Higia, deusa das boas condições de saúde e a fertilidade dos campos, em benefício de uma população a princípio sobretudo agrícola.
Atena é antes do mais, a deusa da inteligência, da razão, do equilíbrio apolíneo, do espírito criativo e, como tal, preside às artes, à literatura e à filosofia de modo particular, à música e a toda e qualquer atividade do espírito.
Deusa da paz, é a boa conselheira do povo e de seus dirigentes.
Mentora do Estado, ela é também, no domínio das atividades práticas, a guia das artes e da vida especulativa.
Preside aos trabalhos femininos da fiação, tecelagem e bordado, e os trabalhos das mulheres na confecção de suas próprias indumentárias, pois ela própria dera o exemplo, tecendo sua túnica bordada.
Ainda era invocada como a protetora dos artesãos.
Foi seu espírito inventivo que ideou o carro de guerra e a quadriga, bem como a construção do navio Argo, em que velejaram os heróis em busca do Velocino de Ouro.
erictonioAtena é a deusa virgem de Atenas, mas, é bem verdade que a deusa chamava a Erictônio, o filho da Terra, de seu filho, mas a concepção desse filho foi muito estranha: Tendo Atena se dirigido à forja de Hefesto, para lhe encomendar armas, o deus, que havia sido abandonado por Afrodite, se inflamou de desejo pela deusa virgem e tentou prendê-la em seus braços. Esta fugiu, mas embora coxo, Hefesto a alcançou. A filha de Zeus se defendeu, mas, na luta, o sêmen do deus lhe caiu numa das pernas. Atena retirou-o com um floco de algodão, que foi lançado na terra, que, fecundada, deu à luz um menino que aquela recolheu, chamando-o Erictônio, filho da Terra. Sem que os deuses soubessem, a deusa fechou-o num cofre e o confiou secretamente às filhas de Cécrops, antigo rei mítico da Ática e fundador de Atenas. Apesar da proibição, as jovens princesas, Aglauro, Herse e Pândroso, abriram o cofre, mas fugiram apavoradas, porque no mesmo havia uma criança, que, da cintura pra baixo, era uma serpente, como normalmente acontece com os seres nascidos da Terra.  Diz-se que, como punição, as três princesas enlouqueceram e pricipitaram-se do alto do rochedo da Acrópole. A partir de então, Atena se encarregou de educar seu filho no recinto sagrado de seu templo. Quando Erictônio atingiu a maioridade, Cécrops entregou-lhe o poder. Ao rei Erictônio se atribui a introdução, na Ática, do uso do dinheiro.
A ave predileta da deusa era a coruja, símbolo da reflexão que domina as trevas.atena03
O perfil de Atena, como o de Zeus e o de Apolo, evoluiu consideravelmente no mito, de maneira constante e progressiva, no sentido de uma espiritualização.  Dois de seus atributos configuram os termos dessa evolução, a serpente e a coruja.
Seu nascimento foi como um jorro de luz sobre o cosmo, aurora de um mundo novo, atmosfera luminosa, semelhante a uma divindade emergindo de uma montanha sagrada.  Sua aparição marca um transtorno ha história do mundo e da humanidade. Uma chuva de neve de ouro caiu sobre Atenas, quando de seu nascimento: pureza e riqueza, tombando do céu com a dupla função de fecundar, como a chuva, e de iluminar, como o sol.
atena

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