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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Afrodite


Afrodite
Afrodite
Afrodite, na mitologia grega, era a deusa da beleza e da paixão sexual. Originário de Chipre, seu culto estendeu-se a Esparta, Corinto e Atenas.
Seus símbolos eram a pomba, a romã, o cisne e a murta.
No panteão romano, Afrodite foi identificada com Vênus.
A mitologia oferecia duas versões de seu nascimento: segundo Hesíodo, na Teogonia, Cronos, filho de Urano, mutilou o pai e atirou ao mar seus órgãos genitais, e Afrodite teria nascido da espuma (em grego, aphros) assim formada; para Homero, ela seria filha de Zeus e Dione, sua consorte em Dodona.
Por ordem de Zeus, Afrodite casou-se com Hefesto, o coxo deus do fogo e o mais feio dos imortais. Foi-lhe muitas vezes infiel, sobretudo com Ares, divindade da guerra, com quem teve, entre outros filhos, Eros e Harmonia.
Outros de seus filhos foram Hermafrodito, com Hermes, e Príapo, com Dioniso. Entre seus amantes mortais, destacaram-se o pastor troiano Anquises, com quem teve Enéias, e o jovem Adônis, célebre por sua beleza.
Afrodite possuía um cinturão mágico de grande poder sedutor e os efeitos de sua paixão eram irresistíveis.
As lendas freqüentemente a mostram ajudando os amantes a superar todos os obstáculos.
À medida que seu culto se estendia pelas cidades gregas, também aumentava o número de seus atributos, quase sempre relacionados com o erotismo e a fertilidade.


Afrodite
Deusa do amor e da beleza. Na lenda de Homero, ela é dita como sendo a filha de Zeus e Dione, uma de suas consortes, mas na Teogonia de Hesíodo, ela é descrita como nascida da espuma do mar e, etimologicamente, seu nome quer dizer "erguida da espuma".
De acordo com Homero, Afrodite é a esposa de Hefaístos, o deus das artes manuais.
Seus amantes incluem Ares, deus da guerra, que posteriormente foi representado como seu marido.
Era a rival de Perséfone, rainha do mundo subterrâneo, pelo o amor do belo jovem Adônis.
Talvez a lenda mais famosa sobre Afrodite diga respeito à causa da Guerra de Tróia. Eris, a personificação da discórdia - a única deusa que não foi convidada ao casamento de Peleu e da ninfa Tétis - ressentida com os deuses, arremessou uma maçã dourada no corredor onde se realizava o banquete, sendo que na fruta estavam gravadas as palavras "à mais bela".
Quando Zeus se recusou a julgar entre Hera, Atena, e Afrodite, as três deusas que reivindicaram a maçã pediram à Páris, príncipe de Tróia, para fazer a premiação.
Cada deusa ofereceu à Paris um suborno: Hera, prometeu-lhe que seria um poderoso governante; Atena que ele alcançaria grande fama militar; e Afrodite que ele teria a mulher humana mais linda do mundo.
Páris declarou Afrodite como a mais bela e escolheu como prêmio Helena, a esposa do rei grego Menelau.
Filhos com Hermes: Hermafrodito - Eros (em algumas versões)
O rapto de Helena por Páris foi a causa da Guerra de Tróia.
Filhos com Dioniso: Príapo
Filho com Ares: Fobos (Medo) - Deimos (Terror) - Harmonia

Etimologia

Em grego (Aphodíte), de etimologia desconhecida. O grego (aphrós), "espuma", teve evidentemente influência na criação do mito da deusa nascida das "espumas" do mar.
Do ponto de vista etimológico, no entanto, Afrodite nenhuma relação possui com aphrós. Trata-se de uma divindade obviamente importada do Oriente.
Afrodite
Afrodite
Afrodite é a forma grega da deusa semítica da fecundidade e das águas fertilizantes, Astarté.
Na Ilíada, a deusa é filha de Zeus e Dione, daí seu epíteto de Dionéia.
Existe todavia, uma Afrodite muito mais atiga,cujo nascimento é descrito na Teogonia, consoantes o tema de procedência oriental da mutilação de Urano. Com o epíteto de Anadiômene, a saber, "a que surge" das ondas do mar, de um famoso quadro do grande pintor grego Apeles (Sec. IV a.e.c.), tão logo nasceu, a deusa foi levada pelas ondas ou pelo vento Zéfiro para Cítera e, em seguida, para Chipre, dái seus dois outros epítetos de Citeréia e Cípris. Essa origem dupla da deusa do amor não é estranha à diferenciação que se estabeleceu entre Afrodite Urânia e Pandêmia, significando esta última, etimologicamente, "a venerada" por todo o povo", Pándemos, e posteriormente, com discriminação filosófica e moral, "a popular, a vulgar". Platão, no Banquete, estabelece uma distinção rígida entre a Pandêmia, a inspiradora dos amores comuns, vulgares, carnais e a Urânia, a deusa que não tem mãe, (amétor) e que, sendo Urânia, é ipso fato, a Celeste, a inspiradora de um amor etéreo, superior, imaterial, através do qual se atinge o amor supremo, como Diotima revelou a Sócrates. Este "amor urânico", desligando-se da beleza em si, que é partícipe do eterno.

Deusa importada

Em Chipre, a deusa foi acolhida pelas Horas, vestida e ornamentada e, em seguida conduzida à mansão dos Olímpicos.
Apesar dos esforços dos mitógrafos, no sentido de helenizar Afrodite, esta sempre traiu sua procedência asiática.
Com efeito, Hesíodo não é o único que estampa as origens orientais da deusa. Já na Ilíada a coisa é bem perceptível. Sua proteção e predileção pelos troianos e particularmente por Enéias, fruto de seus amores com Anquises, denotam claramente que Afrodite é o menos grega possível.
No Hino Homérico à Afrodite o caráter asiático da deusa ainda é mais claro: apaixonada pelo herói troiano Anquises, avança em direção a Tróia, em demanda do nome Ida, acompanhada de ursos, leões e panteras. Pois bem, sua hierofania voluptuosa transforma até os animais, que se recolhem à sombra dos vales, para se unirem no amor que transborda de Afrodite. Essa marcha amorosa da grande deusa em direção a ìlion mostra nitidamente que ela é uma Grande Mãe do monte Ida.
Entre os troianos, seu grande protegido é Páris. E os Cantos Cíprios reletam como a deusa, para recompensá-lo por lhe ter ele outorgado o título de a mais bela das deusas, o auxiliou na viagem marítima a Esparta e no rapto de Helena.
Seu amante divino Adônis nos leva igualmente à Asia, uma vez que Adônis é mera transposição do babilônico Tamuz, o favorito de Istar-Astarté, de que os gregos modelaram sua Afrodite.
Como se pode observar, desde seu nascimento até suas características e mitos mais importantes, Afrodite nos aponta para a Asia. Deusa tipicamente oriental, nunca se encaixou bem no mito grego, parece uma estranha no ninho.
Em torno da mãe de Enéias se amalgaram mitos de origens diversas e que, por isso mesmo, não formam um relato coerente, mas episódios por vezes bem disconexos. O grande casamento "grego" da deusa do amor doi com Hefesto, o deus dos nós, o deus ferreiro e coxo da ilha de Lemnos.

Os Amantes de Afrodite

Ares, nas prolongadas ausências de Hefesto, que instalara suas forjas no monte Etna, na Sicília, partilhava constantemente o leito deAfrodite. Fazia-o tranquilo, porque sempre deixava à porta dos aposentos da deusa uma sentinela, um jovem chamado Aléctrion, que deveria avisá-lo da aproximação da luz do dia, isto é, do nascimento so Sol, conhecedor profundo de todas as mazelas deste mundo. Um dia, o incansável vigia dormiu e Hélio, o sol, que tudo vê e que não perde ahora, surpreendeu os amantes e avisou Hefesto. Este, deus que sabe ater e desatari, preparou uma rede mágica e prendeu o casal ao leito. Convocou os deuses para testemunharem o adultério e estes se divertiram tanto com a picante situação, que a abóbada celeste reboava com as gargalhadas. Após insistentes pedidos de Posídon, o deus coxo consentiu em retirar a rede.
Envergonhada, Afrodite fugiu para Chipre e Ares para a Trácia. Desses amores nasceram Fobos (o medo), Deimos (o terror) e Harmonia, que foi mais tarde mulher de Cadmo, rei de tebas.
No que tange à preferência da deusa do amor pelo deus da guerra, o que trai uma complexio appositorum, uma conjugação dos opostos, Hefesto sempre a atribuiu ao fato de ser aleijado e Ares ser belo e de membros perfeitos. Claro está que o deus das forjas não poderia compreeender que Afrodite é antes de tudo uma deusa da vegetação, que precisa ser fecundada, seja qual for a origem da semente e a identidade do fecundador.
Quanto ao jovem Aléction, sofreu exemplar punição: por haver permitido, com seu sono, que Hélio denunciasse a Hefesto tão flagrante adultério, foi metamorfoseado em Galo (alektyón) em grego é galo e obrigado a cantar toda madrugada, antes do nascimento do sol.
Ares não foi, no entanto, o único amor extraconjugal de Afrodite. Sua paixão por Adônis ficou famosa. O mito, todavia, começa bem mais longe. Téias, Rei da Síria, tinha uma filha, Mirra ou Esmirna, que, desejando competir em belza com a deusa do amor, foi por esta terrivelmente castigada, concebendo uma paixão incestuosa pelo próprio pai. Com auxílio de sua aia, Hipólita, conseguiu enganar Téias unindo-se a ele durante doze noites consecutivas. Na derradeira noite, o rei percebeu o engodo e perseguiu a filha com a intenção de matá-la. Mirra colocou-se sob a proteção dos deuses, que a transformaram na árvore que tem seu nome. Meses depois, a casca da "mirra" começou a inchar e no décimo mês se abriu, nascendo Adônis.
Tocada pela beleza da criança, Afrodite recolheu-a e confiou secretamente a Perséfone. Esta, encantada com o menino, negou-se a devolvê-lo à esposa de Hefesto.
A luta entre as duas deusas foi arbitrada por Zeus e ficou estipulado que Adônis passaria um terço do ano com Perséfone, outro comAfrodite e os restantes quatro meses onde quisesse. Mas, na verdade, o lindíssimo filho de Mirra sempre passou oito meses do ano com a deusa do amor.
Afrodite
Mais tarde, não se sabe bem o motivo, a colérica Artemis lançou contra Adônis adolescente a fúria de um javali, que, no decurso de uma caçada, o matou.
A pedido de Afrodite, foi o seu grande amor transoformado por Zeus em anêmona, flor da primavera, e o mesmo Zeus consentiu que o belo jovem ressurgisse quatro meses por ano e vivesse ao lado da amante. Efetivamente, passados os quatro meses primaveris, a flor anêmona fenece e morre.
O mito, evidentemente, prende-se aos ritos simbólicos da vegetão, como demonstra a luta pela criança entre Afrodite (a "vida" da planta) e Perséfone ("a morte" da mesma nas entranhas da terra), bem como o sentido ritual dos Jardins de Adônis, Há uma variante do mito que faz de Adônis filho não de Téias, mas do rei do Chipre, o qual era de origem fenícia, Cíniras, casado com Cencréia.
Esta ofendera gravemente afrodite, dizendo que sua filha Mirra era mais bela que a deusa, que despertou na rival uma paixão violenta pelo pai. Apavorada com o caráter incestuoso de sua paixão. Mirra quis enforcar-se, mas a aia Hipólita interveio e facilitou a satisfação do amor criminoso.
Consumado o incesto, a filha e amante de Cíniras refugiou-se na floresta, mas Afrodite, compadecia com o sofrimento da jovem princesa, metamorfoseou-a na Árvore de Mirra. Foi o próprio rei quem abriu a casca da árvore para de lá retirar o filho e neto ou, segundo outros, teria sido um javali que, com seus dents poderosos, despedaçara a mirra, para fazer nascer a criança.
Nesta variante há duas causas para a morte de Adônis: ou a cólera do deus Ares, enciumado com a predileção de Afrodite pelo jovem oriental ou a vingança de Apolo contra a deusa, que lhe teria cegado o filho Erimanto, por Tê-la visto nua, enquanto banhava.
De qualquer forma, a morte de Adônis, deus oriental da vegetação, do ciclo da semente, que morre e ressuscita, daí sua katábasis para junto de Perséfone e a consequente anábasis em busca de Afrodite, era solenemente comemorada no Ocidente e no Oriente. Na Grécia da época Helenística deitava-se Adônis morto num leito de prata, coberto de púrpura. As oferendas sagradas eram frutas, rosas, anêmonas, perfumes e folhagens, apresentados em cestas de prata. Gritavam, soluçavam e descabelavam-se as mulheres. No dia seguinte atiravam-no ao mar com todas as oferendas. Ecoavam, dessa feita, cantos alegres, uma vez ue Adônis, com as chuvas da próxima estação, deveria ressuscitar.

Morte de Adonis

Pintura sobre Tela
Afrodite
Nascimento de Afrodite - Pintura sobre tela - Eugène Emmanuel 1808-1895
Nicolas Poussin 1591-1665Foi exatamente para perpetuar a memória de seu grande amor oriental, que Afrodite insituiu na Síria uma festa fúnebre, que as mulheres celebravam anualmente, na entrada da primavera. Para simbolizar "o tão pouco" que viveu Adônis, plantavam-se mudas de roseiras em vasos e caixotes e regavam-nas com água morna, para que crescessem mais depressa.
Os amores de afrodite não terminam em Adônis. Disfarçada na filha de Otreu, rei da Frígia, amou apaixonamente o herói troiano Anquises, quando este pastoreava seus rebanhos no monte Ida da Tróada. Desse enlace Nasceu Enéias, que a deusa tanto protegeu durante o cerco de Ílion pelos gregos, como nos atesta a Ilíada. Bem mais tarde, do primeiro ao décimo segundo canto da Eneida de Vergílio, Enéias a teve novamente por escudo e por bússola. É desse Enéias, diga-se de passagem, que, através de Iulus, filho do herói troiano, pretendia descender a gens iulia,, a família dos Júlios, como César e Otaviano, o futuro imperador Augusto. Falsas aproximações etimológicas geraram muitos deuses, heróis e imperadores.
De sua União com Hermes nasceu Hermafrodito, etimologicamente (filho) de Hermes e Afrodite. Criado pelas ninfas do monte Ida, o jovem era de extraórdinaria beleza. Tão grande como a de Narciso.
Com sua eternamente insatisfeita "enérgeia" erótica, Afrodite amou ainda o deus do Êxtase e do entusiasmo. De sua união com Dioniso nasceu a grande divindade da cidade asiática de Lâmpsaco, Priapo. Trata-se de um deus itifálico, guardião das videiras e dos jardins. Seus atributo essencial era "desviar" o mau-olhado e proteger as colheitas contra os sortilégios dos que desejavam destruí-las. Deus de poderes apotropaicos, sempre foi considerado como um excelente exemplo de magia simpática, tanto "homeopática", pela lei da similaridade, quanto pela de "contágio, pela lei do contato, em defesa dos vinhedos, pomares e jardins, em cuja entrada figurava sua estátua.
Ficaram também célebres na mitologia as explosões de ódio e as maldições de Afrodite. Quando se tratava de satisfazer a seus caprichos ou vingar-se de uma ofensa, fazia do amor uma arma e um veneno mortal. Pelo simples fato de Eos ter-se enamorado de Ares, a deusa fê-la apaixonar-se violentamente pelo gigante Oríon, a ponto de arrebatá-lo e escondê-lo, com grande desgosto dos deuses, uma vez que o gigante, como Héracles, limpava os campos e as cidades de feras e monstros. O jovem Hipólito, que lhe desprezava o culto, por ter-se dedicado a Artemis, foi terrivelmente castigado. Inspirou a Fedra, sua madrasta, uma paixão incontrolável pelo enteado. Repelida por este, Fedra se matou, mas deixou uma mensagem mentirosa a Teseu, sua marido, e pai de Hipólito, acusando a este último de tentar violentá-la, o que lhe explicava o suicídio. Desconhecendo a inocência do filho, Teseu expulsou-o de casa e invocou ocntra o mesmo a cólera de Posídon. O deus enviou contra Hiólito um monstro marinho que lhe espantou os cavalos da veloz carruagem e o jovem, tendo caído, foi arrastado e morreu despedaçado.
Puniu severamente todas as mulheres da ilha de Lemnos, por que se negaram a prestar-lhe culto. Castigou-as com um odor tão insuportável, que os esposos as abandonaram pelas escravas da Trácia.
A própria Helena, que, por artimanhas da deusa e para premiar Páris, fugiu com ela para Tróia, deplorava como se fora uma "áte", uma loucura, uma cegueira da razão, o amor que lhe infundira Afrodite e a fizera abandonar a pátria e os deuses.
Puniu severamente todas as mulheres da ilha de Lemnos, por que se negaram a prestar-lhe culto. Castigou-as com um odor tão insuportável, que os esposos as abandonaram pelas escravas da Trácia.
A própria Helena, que, por artimanhas da deusa e para premiar Páris, fugiu com ela para Tróia, deplorava como se fora uma "áte", uma loucura, uma cegueira da razão, o amor que lhe infundira Afrodite e a fizera abandonar a pátria e os deuses.

Prostitutas Sagradas

Afrodite
A esta divindade do prazer pelo prazer, do amor universal que circula nas veias de toras as criaturas, porque, antes de tudo, Afrodite é a dusa das "sementes", da vegetação, estavam ligadas, à maneira oriental, As célebres hierodulas, as impropriamente denominadas prostitutas sagradas. Essas verdadeiras sacersotisas entregavam-se nos templos da deusa aos visitantes, com o fito, primeiro de promover e provocar a vegetação e, depois, para arrecadar dinheiro para os próprios templos.
No riquíssimo (graças às hierodulas) santuário de Afrodite no monte Érix, na Sicília, e, em Craníon, nos bosques de ciprestes de um famoso Ginásio, chamado Craníon, a deusa era cercada por mais de mil hierodulas, que à custa dos visitantes, lhe enriqueciam o santuário. Personagens principais das famosas Afrodísias de Corinto, todas as noites elas saíam às ruas em alegres cortejos e procissões rituais. Embora alguns poetas cômicos, como Aléxis e Eubulo, ambos do Século IV a.e.c., tivessem escrito a esse respeito alguns versos maliciosos, nos momentos sérios e graves, como nas invasões persas de Dario (490 a.e.c.) e Xerxes (480 a.e.c.), se pedia às hierodulas que dirigissem preces públicas a Afrodite. Píndaro, talvez o mais religioso dos poetas gregos, celbrou com um (skólion), isto é, com uma canção convival, um grande número de jovens hierodulas que Xenofonte de Corinto ofertou a Afrodite, em agradecimento por uma dupla vitória nos Jogos Olímpicos.
Em Atenas, um dos epítetos da deusa era (Hetaíra), hetera "companheira, amantes, cortesã, concubina", abstração feita de qualquer conotação de prostituta. Tal epíteto certamente se deve a um outro de Afrodite, a Pandêmia.
Afrodite é o símbolo das forças irrefreáveis da fecundidade, não propriamente em seus frutos, mas em função do desejo ardente que essas mesmas forças irresistíveis ateiam nas entranhas de todas as criaturas. Eis aí o motivo por que a deusa é frequentemente representada entre animais ferozes, que a escoltam.
O mito da deusa do amor poderia, assim, permanecer por um longo tempo ainda a imagem de uma perversão, a perversão da alegria de vivar e das forças vitais, não mais porque o desejo de transmitir a vida estivesse alijado do ato de amor, mas porque o amor em si mesmo não seria humanizado. Permaneceria apenas como satisfação dos instintos, digno de animais ferozes que formavam o corteja da deusa. Ao término de tal evolução, no entanto, Afrodite poderia reaparecer como a deusa que sublima o amor selvagem, integrando-o numa vida relamente humana.

Afrodite (deusa menor)



De acordo com o mito teogônico mais aceito, Afrodite nasceu quando Urano (pai dos titãs) foi castrado por seu filho Cronos, que atirou seus testículos ao mar, então o semêm de Urano caiu sobre o mar e formou ondas chamadas de (aphros), e desse fenomeno nasceu Aphroditê ("espuma do mar"), que foi levada por Zéfiro para Chipre. Por isso um dos seus epítetos é Kypris. Assim, Afrodite é de uma geração mais antiga que a maioria dos outros deuses olímpicos.
Em outra versão (como diz Homero), Dione é mãe de Afrodite com Zeus, sendo Dione, filha de Urano e Tálassa.

Após destronar Cronos, Zeus ficou ressentido, pois, tão grande era o poder sedutor de Afrodite que ele e os demais deuses estavam brigando o tempo todo pelos encantos dela, enquanto esta os desprezava a todos, como se nada fosse. Como vingança e punição, Zeus fê-la casar-se com Hefesto, (segundo Homero, Afrodite e Hefesto se amavam, mas pela falta de atenção, Afrodite começou a trair o marido para melhor valorizá-la) que usou toda sua perícia para cobri-la com as melhores jóias do mundo, inclusive um cinto mágico do mais fino ouro, entrelaçado com filigranas mágicas. Isso não foi muito sábio de sua parte, uma vez que quando Afrodite usava esse cinto mágico, ninguém conseguia resistir a seus encantos.

Hermafrodito – filho de AFRODITE e HERMES

A ninfa é um ser livre por definição. Vivendo as margens dos rios, seu único trabalho é banhar-se nas suas águas claras e procurar fazer-se cada vez mais bela a cada hora que passa, de forma que a noite esteja ainda mais graciosa do que estava pela manhã.
Assim pensava a ninfa Salmácis, reclinada na relva, a beira de um regato.
Com a cabeça apoiada numa das mãos, a jovem alisava o tapete esverdeado do solo, arrancando pequenos pedaços de grama.
Depois, lançava-os indolentemente à água, após estudá-los de todos os modos.
Salmácis gastava ainda um tempo infinito no restante desta importante ocupação, acompanhando a minúscula odisséia do pequeno talo verde que navegava na corrente do rio até desaparecer da sua vista, misturado aos outros pequenos detritos que vagam na superficiedas águas.
Às vezes, no entanto, fingia ser ela mesrna esse pequeno talo.
Deitada sobre o curso da água, boiava, deixando que a corrente a levasse aonde quisesse.
Enquanto ia assim navegando, de costas sobre a água, Salmácis sentia-se flutuar, liberta de tudo.
Via ao alto as nuvens avançarem com ela, enquanto pequenas andorinhas voavam em circulo no grande azulejo invertido do céu.
Às vezes o sol, por entre os galhos da vegetação das margens, obrigava-a a fechar momentaneamente os olhos.
Então, a coisa mais fácil do mundo para Salmácis era acordar, de repente, quase desaguando ao mar, junto com as águas do rio.
Nesse momento, seus ouvidos ainda podiam escutar as vozes de suas companheiras, que se afastavam na outra margem comentando algo num tom raivoso.
— Invejosas! — disse Salmácis, colando, aborrecida, a face direita na relva.
Tinha certeza de que falavam mal dela, pois havia pouco tempo tivera uma irritante discussão com as ativas e incansáveis colegas.
Discussões, mais do que qualquer outra coisa, aborreciam-na profundamente.
Simplesmente não conseguia imaginar como duas pessoas podiam se desentender num lugar maravilhoso como aquele.
— Vamos lá, preguiçosa! — disse uma delas, atirando-lhe um punhado de seixos.
— Varnos para a caçada. Artemis já nos espera no bosque, disse uma outra.
— Artemis… Artemis…
Essa tal de Artemis era muito enfadonha.
Criatura enjoada, a incansável deusa dos bosques só queria saber, afinal, de caçadas.
— Vão vocês, eu estou bem aqui, disse Salmácis, sem dar ouvido às censuras de suas aborrecidas irmãs.
Mais tarde, sabia, elas voltariam esbaforidas, trazendo às costas veados ou corças cobertos de sangue, misturando o seu suor ao sangue dos animais abatidos.
Era sempre a mesma coisa que a ninfa escutava de olhos fechados.
Em meio a algazarra das vozes, podia sentir em seu corpo colado ao solo a vibração repugnante dos corpos lançados desrespeitosamente ao chão, como simples e pesados fardos de carne.
Suas irmãs, no entanto, recém haviam partido para a sua obrigação.
Suas vozes esganiçadas aos poucos se misturavam aos ruídos naturais do bosque, ate que a paz, a bendita paz, retornava outra vez, pousando por tudo.
A ninfa podia estender agora, ao comprido, o seu corpo delgado, deixando que o sol acariciasse a sua epiderme até escorrer dela minúsculas gotas de suor. Pois Salmácis era assim: gostava de suar em silêncio.
Enquanto o sol esquentava sua pele, pequenas abelhas vinham pousar sobre seu corpo. Podia sentir os passinhos dos pequenos insetos dourados percorrendo suas pernas e subindo-lhe pelas coxas firmes e bronzeadas. De repente, porém, erguiam vôo outra vez, indo pousar em seus seios ou mesrno em seu rosto, passeando livremente ern sua testa.
hermafroditoEla ainda estava deitada, preparando-se para dar um mergulho, quando percebeu que alguém se aproximava da outra margem do rio. De bruços, precisou apenas erguer a cabeça para divisar um bebo rapaz, que não teria mais de quinze anos de idade, sentar-se à beira da corrente. O jovem esticou uma das pernas, pondo um dos pés na água, enquanto a outra perna permanecia dobrada, deixando o joelho a altura do queixo. Seus cabelos loiros lhe caiam em desalinho pelos ombros, agitados ocasionalmente por uma suave brisa.
Tratava-se de Hermafrodito, o belo fruto da união entre Afrodite e Hermes. 
Apesar de sua pouca idade, seu corpo tinha já a conformação de um adulto robusto e sadio. Seus traços revelavam nitidamente a sua ilustre descendência, de tal forma que era impossível passar despercebido aos olhos de qualquer mulher. Ou de qualquer ninfa.
Com a mão em concha, Hermafrodito recolheu um pouco de água do leito do rio e banhou sua face corada. Depois, repetindo o gesto, molhou o cabelo, fazendo com que pequenos veios d’água lhe escorressem pelos ombros, cobertos apenas por uma fina túnica, despenhando-se em seguida pelas suas robustas espáduas. Hermafrodito ainda não havia percebido, na outra margem, a presença da curiosa Salmácis, que, encantada com seus gestos ao mesmo tempo viris e delicados, apaixonara-se instantaneamente por ele.
— Quem será?, indagava-se a ninfa, intrigada.
Erguendo mais um pouco o busto, apoiada em duas mãos, Salmácis continuou a observar o rapaz, que prosseguia em sua higiene, bem a sua frente. Hermafrodito, ja em pé, livrou-se de seu pequeno manto, descobrindo ao sob o seu corpo viril e atletico.
— Ele há de ser meu, disse a ninfa, segredando a terra o seu desejo.
Quando ergueu a cabeça novamente, porém, enxergou apenas centenas de gotas d’água subindo para o alto, num borrifo imenso que lembrava o de um chafariz. Hermafrodito demorou um bom tempo para voltar a superfície, de tal sorte que a ninfa chegou a temer por sua vida. Mas bastaram mais alguns instantes para que sua bela cabeça molhada surgisse da água, quase a sua frente. Sua boca lançou-lhe, inadvertidamente, os respingos de seu fôlego quase perdido. A pele da ninfa cobriu-se das minúsculas gotas, que se uniram ao seu suor. Salmácis gostou disto. O rapaz, contudo, ao perceber que estava diante daquela bela ninfa, tomara um susto, recuando um pouco para dentro do leito do rio.
— Calma, não se assuste!, disse a ninfa, com um sorriso malicioso.
Salmacis, como uma pequena serpente feminina, rastejou em sua direção, esfregando seios e coxas sobre a relva, ate aproximar o máximo possível a cabeça da corrente do rio.
Com a cabeça pendida sobre a água, estudava implacavelmente o rapaz.
— Quem é vocé?, perguntou Hermafrodito, ainda não recuperado totalmente do susto.
— Aquela que deseja ardentemente saber quem é você!, disse Salmacis, mergulhando, em seguida, a cabeça inteira na corrente. Seus olhos mantiveram-se abertos, abaixo da linha da água, estudando os segredos que a superfície relativamente calma do rio ocultava. Depois, retirando a cabeça da agua com violência, arremessou sobre a face do jovem, com a impetuosidade de um chicote, um grande jato d’água. Hermafrodito, definitivamente assustado com a audácia da ninfa, começou a nadar em direção a outra margem.
— O que há, garoto, está com medo de mim?, perguntou a ninfa, surpresa.
Salmacis, na verdade, estava acostumada com a agressividade dos seus rudes e habituais cortejadores, faunos e sátiros, que já chegavarn agarrando-a, passando em seu corpo as suas mãos grosseiras e peludas. A ninfa, contudo, jamais permitia que algum desses seres vulgares lhe chegassem perto, preferindo sempre a companhia dos gentis e delicados pastores.
Mas que alguém quisesse fugir dela era uma novidade surpreendente.
Vendo que ele saíra já da água e rumava, num passo apressado, para dentro do bosque, esquecido até da própria roupa, Salmácis pôs-se em pé e lançou-se a água. Seus braços ágeis cortaram a correnteza suave da água com tal rapidez que em breve estava na outra margem.
Ao sair do rio, mal teve tempo de perceber o dorso nu do rapaz ganhando rapidamente a mata.
— Espere! Por favor, não tenha medo de mim!, disse a ninfa, com um riso nervoso.
Salmacis entrou, tambem, correndo na mata, fazendo com que seus seios vibrassem no mesmo ritmo de seu passo veloz. Mais adiante divisou Hermafrodito, encostado a uma grande árvore, cujos galhos recobertos de folhas cobriam-no quase que inteiramente.
— Espere, vamos conversar!, disse a ninfa.
— Quero conhecé-lo melhor.
— Não tenho nada para conversar com você, Hermafrodito replicou.
— Mas quem é a mulher aqui, afinal?!, Salmacis exclamou, zangando-se.
Hermafrodito, ofendido, retesou o peito, numa resposta instintiva a ninfa. Esta gostou da resposta. Com seus olhos percorreu o corpo do jovem, até exclamar com um sorriso satisfeito:
— Você, com toda a certeza…!
Procurando ser mais contida, a ninfa tentou ganhar-lhe a confiança, como numa caçada.
Salmacis, afinal, também caçava agora.
— Vocé e bem novo, não?, perguntou, dando um pequeno passo adiante.
— Näo tanto quanto você, disse o jovem, fingindo-se mais velho do que realmente era.
— Hum… é mais experiente, então…
Hermafrodito nada respondeu.
A ninfa, no entanto, aproximara-se tanto que o jovem podia sentir a respiração dela em seu peito. Era um sopro curto e irregular que Ihe provocava deliciosas cócegas no peito quase liso.
Salmácis, na verdade, também começava a perder o controle da situação.
De repente, encurralando o rapaz contra o grosso tronco da árvore, ela tomou a sua cabeça nas mãos e colou com fúria os seus Iábios aos dele.
Mas foi surpreendida pelas mãos do jovem, que lhe apertavam com vigor a cintura, erguendo-a um pouco do chão.
Salmacis_%26_Hermaphroditos_3Ao sentir que seus pés separavam-se do solo, a ninfa abraçou-se ao pescoço do jovem, enlaçando-o com as pernas.
Nunca havia, na verdade, sentido tamanha identificação com o corpo e com a alma de alguém.
Tudo evoluiu rapidamente, como se ambos tivessem sido feitos expressamente um para o outro.
Seus corpos encaixavam-se de modo perfeito.
Seus membros enlaçavam-se com tamanha familiaridade, que nem a ninfa nem o jovem podiam mais distinguir quais seriam os seus.
Seus cabelos misturavam-se, ocultando como num véu o seu longo beijo.
De repente, porém, a ninfa, descolando momentanearnente os seus lábios dos do jovem e sentindo um desejo forte abalar todo o seu corpo, exclamou:
— Oh deuses! Quero que nós dois sejamos uma só pessoa!
Os deuses, que a escutavam, atenderam, imediatamente, ao pedido.
Os corpos dos dois amantes começaram a se fundir, sob a sombra generosa da árvore, que parecia descer um pouco mais os seus galhos para ocultar a metamorfose.
Os peitos de ambos, colados firmemente, impediam-nos agora de separar os seus troncos.
Suas bocas fundiam-se uma na outra, tornando seu longo beijo um beijo perpétuo.
As pernas da ninfa, enlaçadas a cintura do jovem, amarraram os dois amantes para sempre num no indissolúvel: um único e perfeito ser.

AFRODITE e DIONISIO (Baco)

BacchusAriadneGuidoReniDe sua união com Dioniso nasceu a grande divindade da cidade asiática de Lâmpsaco, Priapo. 
Trata-se de um deus itifálico (com grande falo), guardião das videiras e dos jardins, da fertilidade.  
Seu atributo essencial era desviar o mau-olhado e proteger as colheitas contra os sortilégios dos que desejavam destruí-las.
Príapo - afresco encontrado em Pompéia
Príapo - afresco encontrado em Pompéia
 Deus sempre considerado como um exemplo de magia simpática, em defesa dos vinhedos, pomares e jardins, em cuja entrada figurava sua estátua. 
Puniu severamente todas as mulheres da ilha de Lemnos, por que se negaram a prestar-lhe culto.  
Castigou-as com um odor tão insuportável, que os esposos as abandonaram pelas escravas da Trácia.

AFRODITE e ADÔNIS

Vênus e Adonis - Rubens
Vênus e Adonis - Rubens
Venus e Adonis - Veronese
Venus e Adonis - Veronese
Téias, Rei da Síria, tinha uma filha, Mirra, que, desejando competir em beleza com a deusa do amor, foi por esta terrivelmente castigada, concebendo uma paixão incestuosa pelo próprio pai.
Com auxílio de sua aia, Hipólita, conseguiu enganar Téias unindo-se a ele durante doze noites consecutivas.
Na derradeira noite, o rei percebeu o engodo e perseguiu a filha com a intenção de matá-la.
Mirra colocou-se sob a proteção dos deuses, que a transformaram na árvore que tem seu nome.
Meses depois, a casca da “mirra” começou a inchar e no décimo mês se abriu, nascendo Adônis.
Tocada pela beleza da criança, Afrodite recolheu-a e confiou secretamente a Perséfone.
Esta, encantada com o menino, negou-se a devolvê-lo à esposa de Hefesto.
Vênus e Adonis - Rubens
Vênus e Adonis - Rubens
A luta entre as duas deusas foi arbitrada por Zeus e ficou estipulado que Adônis passaria um terço do ano com Perséfone, outro com Afrodite e os restantes quatro meses onde quisesse.
Mas, na verdade, o lindíssimo filho de Mirra sempre passou oito meses do ano com a deusa do amor.
Mais tarde, a colérica Artemis lançou contra Adônis adolescente a fúria de um javali, que, no decurso de uma caçada, o matou.
A pedido de Afrodite, foi o seu grande amor transformado por Zeus emanêmona, flor da primavera. 
E o mesmo Zeus consentiu que o belo jovem ressurgisse quatro meses por ano e vivesse ao lado da amante. Efetivamente, passados os quatro meses primaveris, a flor anêmona fenece e morre.
A morte de Adônis, deus da vegetação, do ciclo da semente, que morre e ressuscita, era comemorada no Ocidente e no Oriente.
Na Grécia Helenística, deitava-se Adônis morto num leito de prata, coberto de púrpura.
As oferendas sagradas eram frutas, rosas, anêmonas, perfumes e folhagens, apresentados em cestas de prata.
Gritavam, soluçavam e descabelavam-se as mulheres.
No dia seguinte atiravam-no ao mar com todas as oferendas.
Ecoavam, dessa feita, cantos alegres, uma vez que Adônis, com as chuvas da próxima estação, deveria ressuscitar.
Foi exatamente para perpetuar a memória de seu grande amor oriental, que Afrodite insituiu na Síria uma festa fúnebre, que as mulheres celebravam anualmente, na entrada da primavera.
Para simbolizar o pouco que viveu Adônis, plantavam-se mudas de roseiras em vasos e caixotes e regavam-nas com água morna, para que crescessem mais depressa.
Adonis - Waterhouse
Adonis - Waterhouse

AFRODITE e HEFESTO

hefesto02 com afroditeNo que tange à preferência da deusa do amor pelo deus da guerra, o que trai uma conjugação dos opostos, Hefesto sempre a atribuiu ao fato de ser aleijado e Ares a ser belo e de membros perfeitos.


Claro está que o deus das forjas não poderia compreeender que Afrodite é antes de tudo uma deusa da vegetação, que precisa ser fecundada, seja qual for a origem da semente e a identidade do fecundador.

AFRODITE e ARES (Marte)

Vês, Marte e Cupido - Rubens
Vês, Marte e Cupido - Rubens
Ares, nas prolongadas ausências de Hefesto, que instalara suas forjas no monte Etna, na Sicília, partilhava constantemente o leito de Afrodite.
Fazia-o tranquilo, porque sempre deixava à porta dos aposentos da deusa uma sentinela, um jovem chamado Aléctrion, que deveria avisá-lo da aproximação da luz do dia, isto é, do nascimento so Sol, conhecedor profundo de todas as mazelas deste mundo.
Um dia, o incansável vigia dormiu e Hélio, o sol, que tudo vê e que não perde a hora, surpreendeu os amantes e avisou Hefesto.  
Este, preparou uma rede mágica e prendeu o casal ao leito.
Marte e Vênus - Veronese
Marte e Vênus - Veronese
Convocou os deuses para testemunharem o adultério e estes se divertiram tanto com a picante situação, que a abóbada celeste reboava com as gargalhadas.
Após insistentes pedidos de Poseidom, o deus coxo consentiu em retirar a rede.
Envergonhada, Afrodite fugiu para Chipre e Ares para a Trácia.
Desses amores nasceram Fobos (o medo), Deimos (o terror) e Harmonia. 
Quanto ao jovem Aléction, por haver permitido, com seu sono, que Hélio denunciasse a Hefesto tão flagrante adultério, foi metamorfoseado em galo e obrigado a cantar toda madrugada, antes do nascimento do sol.
Marte e Vênus - Jacques-Louis David
Marte e Vênus - Jacques-Louis David

AFRODITE (Vênus)

O nascimento de Vênus - Botticelli
O nascimento de Vênus - Botticelli
LaNaissancedeVenusAfrodite, deusa da beleza, do amor e da volúpia sexual, é casada com Hefesto, filho de Zeus e de Hera, feio e disforme, protetor dos ferreiros e dos ofícios manuais.
Segundo a mitologia grega, é a deusa do amor.
É a mãe de Hermafrodito (com Hermes), Eros,Anteros, Phobos, Deimos e Harmonia (com Ares),Hymenaios e Priapo (com Dionísio) e Enéas (com o mortal Anquises). A deusa equivalente na mitologia romana é Vênus.
Nasciam flores por onde pisasse e pombas voavam à sua volta. 
Tinha o poder de fascinar até deusas experimentadas e muitas vezes colocava a tentação no caminho de Zeus, fazendo-o esquecer de sua esposa Hera.
Vênus ao espelho - Rubens
Vênus ao espelho - Rubens
Em Chipre, a deusa foi acolhida pelas Horas, vestida e ornamentada e, em seguida conduzida à mansão dos Olímpicos.


Adoração a Vênus - Ticiano
Adoração a Vênus - Ticiano

AFRODITE e ARES (Marte)

Vês, Marte e Cupido - RubensAres, nas prolongadas ausências de Hefesto, que instalara suas forjas no monte Etna, na Sicília, partilhava constantemente o leito de Afrodite.
Fazia-o tranquilo, porque sempre deixava à porta dos aposentos da deusa uma sentinela, um jovem chamado Aléctrion, que deveria avisá-lo da aproximação da luz do dia, isto é, do nascimento so Sol, conhecedor profundo de todas as mazelas deste mundo.
Um dia, o incansável vigia dormiu e Hélio, o sol, que tudo vê e que não perde a hora, surpreendeu os amantes e avisou Hefesto.  
Este, preparou uma rede mágica e prendeu o casal ao leito.
Marte e Vênus - Veronese
Marte e Vênus - Veronese
Convocou os deuses para testemunharem o adultério e estes se divertiram tanto com a picante situação, que a abóbada celeste reboava com as gargalhadas.
Após insistentes pedidos de Poseidom, o deus coxo consentiu em retirar a rede.
Envergonhada, Afrodite fugiu para Chipre e Ares para a Trácia.
Desses amores nasceram Fobos (o medo), Deimos (o terror) e Harmonia. 
Quanto ao jovem Aléction, por haver permitido, com seu sono, que Hélio denunciasse a Hefesto tão flagrante adultério, foi metamorfoseado em galo e obrigado a cantar toda madrugada, antes do nascimento do sol.
Marte e Vênus - Jacques-Louis David
Marte e Vênus - Jacques-Louis David

AFRODITE e HEFESTO

hefesto02 com afroditeNo que tange à preferência da deusa do amor pelo deus da guerra, o que trai uma conjugação dos opostos, Hefesto sempre a atribuiu ao fato de ser aleijado e Ares a ser belo e de membros perfeitos.


Claro está que o deus das forjas não poderia compreeender que Afrodite é antes de tudo uma deusa da vegetação, que precisa ser fecundada, seja qual for a origem da semente e a identidade do fecundador.

AFRODITE e ADÔNIS

Vênus e Adonis - Rubens
Vênus e Adonis - Rubens
Venus e Adonis - Veronese
Venus e Adonis - Veronese
Téias, Rei da Síria, tinha uma filha, Mirra, que, desejando competir em beleza com a deusa do amor, foi por esta terrivelmente castigada, concebendo uma paixão incestuosa pelo próprio pai.
Com auxílio de sua aia, Hipólita, conseguiu enganar Téias unindo-se a ele durante doze noites consecutivas.
Na derradeira noite, o rei percebeu o engodo e perseguiu a filha com a intenção de matá-la.
Mirra colocou-se sob a proteção dos deuses, que a transformaram na árvore que tem seu nome.
Meses depois, a casca da “mirra” começou a inchar e no décimo mês se abriu, nascendo Adônis.
Tocada pela beleza da criança, Afrodite recolheu-a e confiou secretamente a Perséfone.
Esta, encantada com o menino, negou-se a devolvê-lo à esposa de Hefesto.
Vênus e Adonis - Rubens
Vênus e Adonis - Rubens
A luta entre as duas deusas foi arbitrada por Zeus e ficou estipulado que Adônis passaria um terço do ano com Perséfone, outro com Afrodite e os restantes quatro meses onde quisesse.
Mas, na verdade, o lindíssimo filho de Mirra sempre passou oito meses do ano com a deusa do amor.
Mais tarde, a colérica Artemis lançou contra Adônis adolescente a fúria de um javali, que, no decurso de uma caçada, o matou.
A pedido de Afrodite, foi o seu grande amor transformado por Zeus emanêmona, flor da primavera. 
E o mesmo Zeus consentiu que o belo jovem ressurgisse quatro meses por ano e vivesse ao lado da amante. Efetivamente, passados os quatro meses primaveris, a flor anêmona fenece e morre.
A morte de Adônis, deus da vegetação, do ciclo da semente, que morre e ressuscita, era comemorada no Ocidente e no Oriente.
Na Grécia Helenística, deitava-se Adônis morto num leito de prata, coberto de púrpura.
As oferendas sagradas eram frutas, rosas, anêmonas, perfumes e folhagens, apresentados em cestas de prata.
Gritavam, soluçavam e descabelavam-se as mulheres.
No dia seguinte atiravam-no ao mar com todas as oferendas.
Ecoavam, dessa feita, cantos alegres, uma vez que Adônis, com as chuvas da próxima estação, deveria ressuscitar.
Foi exatamente para perpetuar a memória de seu grande amor oriental, que Afrodite insituiu na Síria uma festa fúnebre, que as mulheres celebravam anualmente, na entrada da primavera.
Para simbolizar o pouco que viveu Adônis, plantavam-se mudas de roseiras em vasos e caixotes e regavam-nas com água morna, para que crescessem mais depressa.
Adonis - Waterhouse
Adonis - Waterhouse

AFRODITE e DIONISIO (Baco)

cidade asiática de Lâmpsaco, Priapo. 
Trata-se de um deus itifálico (com grande falo), guardião das videiras e dos jardins, da fertilidade.  
Seu atributo essencial era desviar o mau-olhado e proteger as colheitas contra os sortilégios dos que desejavam destruí-las.
Príapo - afresco encontrado em Pompéia
Príapo - afresco encontrado em Pompéia
 Deus sempre considerado como um exemplo de magia simpática, em defesa dos vinhedos, pomares e jardins, em cuja entrada figurava sua estátua. 
Puniu severamente todas as mulheres da ilha de Lemnos, por que se negaram a prestar-lhe culto.  
Castigou-as com um odor tão insuportável, que os esposos as abandonaram pelas escravas da Trácia.

Hermafrodito – filho de AFRODITE e HERMES


A ninfa é um ser livre por definição. Vivendo as margens dos rios, seu único trabalho é banhar-se nas suas águas claras e procurar fazer-se cada vez mais bela a cada hora que passa, de forma que a noite esteja ainda mais graciosa do que estava pela manhã.
Assim pensava a ninfa Salmácis, reclinada na relva, a beira de um regato.
Com a cabeça apoiada numa das mãos, a jovem alisava o tapete esverdeado do solo, arrancando pequenos pedaços de grama.
Depois, lançava-os indolentemente à água, após estudá-los de todos os modos.
Salmácis gastava ainda um tempo infinito no restante desta importante ocupação, acompanhando a minúscula odisséia do pequeno talo verde que navegava na corrente do rio até desaparecer da sua vista, misturado aos outros pequenos detritos que vagam na superficiedas águas.
Às vezes, no entanto, fingia ser ela mesrna esse pequeno talo.
Deitada sobre o curso da água, boiava, deixando que a corrente a levasse aonde quisesse.
Enquanto ia assim navegando, de costas sobre a água, Salmácis sentia-se flutuar, liberta de tudo.
Via ao alto as nuvens avançarem com ela, enquanto pequenas andorinhas voavam em circulo no grande azulejo invertido do céu.
Às vezes o sol, por entre os galhos da vegetação das margens, obrigava-a a fechar momentaneamente os olhos.
Então, a coisa mais fácil do mundo para Salmácis era acordar, de repente, quase desaguando ao mar, junto com as águas do rio.
Nesse momento, seus ouvidos ainda podiam escutar as vozes de suas companheiras, que se afastavam na outra margem comentando algo num tom raivoso.
— Invejosas! — disse Salmácis, colando, aborrecida, a face direita na relva.
Tinha certeza de que falavam mal dela, pois havia pouco tempo tivera uma irritante discussão com as ativas e incansáveis colegas.
Discussões, mais do que qualquer outra coisa, aborreciam-na profundamente.
Simplesmente não conseguia imaginar como duas pessoas podiam se desentender num lugar maravilhoso como aquele.
— Vamos lá, preguiçosa! — disse uma delas, atirando-lhe um punhado de seixos.
— Varnos para a caçada. Artemis já nos espera no bosque, disse uma outra.
— Artemis… Artemis…
Essa tal de Artemis era muito enfadonha.
Criatura enjoada, a incansável deusa dos bosques só queria saber, afinal, de caçadas.
— Vão vocês, eu estou bem aqui, disse Salmácis, sem dar ouvido às censuras de suas aborrecidas irmãs.
Mais tarde, sabia, elas voltariam esbaforidas, trazendo às costas veados ou corças cobertos de sangue, misturando o seu suor ao sangue dos animais abatidos.
Era sempre a mesma coisa que a ninfa escutava de olhos fechados.
Em meio a algazarra das vozes, podia sentir em seu corpo colado ao solo a vibração repugnante dos corpos lançados desrespeitosamente ao chão, como simples e pesados fardos de carne.
Suas irmãs, no entanto, recém haviam partido para a sua obrigação.
Suas vozes esganiçadas aos poucos se misturavam aos ruídos naturais do bosque, ate que a paz, a bendita paz, retornava outra vez, pousando por tudo.
A ninfa podia estender agora, ao comprido, o seu corpo delgado, deixando que o sol acariciasse a sua epiderme até escorrer dela minúsculas gotas de suor. Pois Salmácis era assim: gostava de suar em silêncio.
Enquanto o sol esquentava sua pele, pequenas abelhas vinham pousar sobre seu corpo. Podia sentir os passinhos dos pequenos insetos dourados percorrendo suas pernas e subindo-lhe pelas coxas firmes e bronzeadas. De repente, porém, erguiam vôo outra vez, indo pousar em seus seios ou mesrno em seu rosto, passeando livremente ern sua testa.
hermafroditoEla ainda estava deitada, preparando-se para dar um mergulho, quando percebeu que alguém se aproximava da outra margem do rio. De bruços, precisou apenas erguer a cabeça para divisar um bebo rapaz, que não teria mais de quinze anos de idade, sentar-se à beira da corrente. O jovem esticou uma das pernas, pondo um dos pés na água, enquanto a outra perna permanecia dobrada, deixando o joelho a altura do queixo. Seus cabelos loiros lhe caiam em desalinho pelos ombros, agitados ocasionalmente por uma suave brisa.
Tratava-se de Hermafrodito, o belo fruto da união entre Afrodite e Hermes. 
Apesar de sua pouca idade, seu corpo tinha já a conformação de um adulto robusto e sadio. Seus traços revelavam nitidamente a sua ilustre descendência, de tal forma que era impossível passar despercebido aos olhos de qualquer mulher. Ou de qualquer ninfa.
Com a mão em concha, Hermafrodito recolheu um pouco de água do leito do rio e banhou sua face corada. Depois, repetindo o gesto, molhou o cabelo, fazendo com que pequenos veios d’água lhe escorressem pelos ombros, cobertos apenas por uma fina túnica, despenhando-se em seguida pelas suas robustas espáduas. Hermafrodito ainda não havia percebido, na outra margem, a presença da curiosa Salmácis, que, encantada com seus gestos ao mesmo tempo viris e delicados, apaixonara-se instantaneamente por ele.
— Quem será?, indagava-se a ninfa, intrigada.
Erguendo mais um pouco o busto, apoiada em duas mãos, Salmácis continuou a observar o rapaz, que prosseguia em sua higiene, bem a sua frente. Hermafrodito, ja em pé, livrou-se de seu pequeno manto, descobrindo ao sob o seu corpo viril e atletico.
— Ele há de ser meu, disse a ninfa, segredando a terra o seu desejo.
Quando ergueu a cabeça novamente, porém, enxergou apenas centenas de gotas d’água subindo para o alto, num borrifo imenso que lembrava o de um chafariz. Hermafrodito demorou um bom tempo para voltar a superfície, de tal sorte que a ninfa chegou a temer por sua vida. Mas bastaram mais alguns instantes para que sua bela cabeça molhada surgisse da água, quase a sua frente. Sua boca lançou-lhe, inadvertidamente, os respingos de seu fôlego quase perdido. A pele da ninfa cobriu-se das minúsculas gotas, que se uniram ao seu suor. Salmácis gostou disto. O rapaz, contudo, ao perceber que estava diante daquela bela ninfa, tomara um susto, recuando um pouco para dentro do leito do rio.
— Calma, não se assuste!, disse a ninfa, com um sorriso malicioso.
Salmacis, como uma pequena serpente feminina, rastejou em sua direção, esfregando seios e coxas sobre a relva, ate aproximar o máximo possível a cabeça da corrente do rio.
Com a cabeça pendida sobre a água, estudava implacavelmente o rapaz.
— Quem é vocé?, perguntou Hermafrodito, ainda não recuperado totalmente do susto.
— Aquela que deseja ardentemente saber quem é você!, disse Salmacis, mergulhando, em seguida, a cabeça inteira na corrente. Seus olhos mantiveram-se abertos, abaixo da linha da água, estudando os segredos que a superfície relativamente calma do rio ocultava. Depois, retirando a cabeça da agua com violência, arremessou sobre a face do jovem, com a impetuosidade de um chicote, um grande jato d’água. Hermafrodito, definitivamente assustado com a audácia da ninfa, começou a nadar em direção a outra margem.
— O que há, garoto, está com medo de mim?, perguntou a ninfa, surpresa.
Salmacis, na verdade, estava acostumada com a agressividade dos seus rudes e habituais cortejadores, faunos e sátiros, que já chegavarn agarrando-a, passando em seu corpo as suas mãos grosseiras e peludas. A ninfa, contudo, jamais permitia que algum desses seres vulgares lhe chegassem perto, preferindo sempre a companhia dos gentis e delicados pastores.
Mas que alguém quisesse fugir dela era uma novidade surpreendente.
Vendo que ele saíra já da água e rumava, num passo apressado, para dentro do bosque, esquecido até da própria roupa, Salmácis pôs-se em pé e lançou-se a água. Seus braços ágeis cortaram a correnteza suave da água com tal rapidez que em breve estava na outra margem.
Ao sair do rio, mal teve tempo de perceber o dorso nu do rapaz ganhando rapidamente a mata.
— Espere! Por favor, não tenha medo de mim!, disse a ninfa, com um riso nervoso.
Salmacis entrou, tambem, correndo na mata, fazendo com que seus seios vibrassem no mesmo ritmo de seu passo veloz. Mais adiante divisou Hermafrodito, encostado a uma grande árvore, cujos galhos recobertos de folhas cobriam-no quase que inteiramente.
— Espere, vamos conversar!, disse a ninfa.
— Quero conhecé-lo melhor.
— Não tenho nada para conversar com você, Hermafrodito replicou.
— Mas quem é a mulher aqui, afinal?!, Salmacis exclamou, zangando-se.
Hermafrodito, ofendido, retesou o peito, numa resposta instintiva a ninfa. Esta gostou da resposta. Com seus olhos percorreu o corpo do jovem, até exclamar com um sorriso satisfeito:
— Você, com toda a certeza…!
Procurando ser mais contida, a ninfa tentou ganhar-lhe a confiança, como numa caçada.
Salmacis, afinal, também caçava agora.
— Vocé e bem novo, não?, perguntou, dando um pequeno passo adiante.
— Näo tanto quanto você, disse o jovem, fingindo-se mais velho do que realmente era.
— Hum… é mais experiente, então…
Hermafrodito nada respondeu.
A ninfa, no entanto, aproximara-se tanto que o jovem podia sentir a respiração dela em seu peito. Era um sopro curto e irregular que Ihe provocava deliciosas cócegas no peito quase liso.
Salmácis, na verdade, também começava a perder o controle da situação.
De repente, encurralando o rapaz contra o grosso tronco da árvore, ela tomou a sua cabeça nas mãos e colou com fúria os seus Iábios aos dele.
Mas foi surpreendida pelas mãos do jovem, que lhe apertavam com vigor a cintura, erguendo-a um pouco do chão.
Salmacis_%26_Hermaphroditos_3Ao sentir que seus pés separavam-se do solo, a ninfa abraçou-se ao pescoço do jovem, enlaçando-o com as pernas.
Nunca havia, na verdade, sentido tamanha identificação com o corpo e com a alma de alguém.
Tudo evoluiu rapidamente, como se ambos tivessem sido feitos expressamente um para o outro.
Seus corpos encaixavam-se de modo perfeito.
Seus membros enlaçavam-se com tamanha familiaridade, que nem a ninfa nem o jovem podiam mais distinguir quais seriam os seus.
Seus cabelos misturavam-se, ocultando como num véu o seu longo beijo.
De repente, porém, a ninfa, descolando momentanearnente os seus lábios dos do jovem e sentindo um desejo forte abalar todo o seu corpo, exclamou:
— Oh deuses! Quero que nós dois sejamos uma só pessoa!
Os deuses, que a escutavam, atenderam, imediatamente, ao pedido.
Os corpos dos dois amantes começaram a se fundir, sob a sombra generosa da árvore, que parecia descer um pouco mais os seus galhos para ocultar a metamorfose.
Os peitos de ambos, colados firmemente, impediam-nos agora de separar os seus troncos.
Suas bocas fundiam-se uma na outra, tornando seu longo beijo um beijo perpétuo.
As pernas da ninfa, enlaçadas a cintura do jovem, amarraram os dois amantes para sempre num no indissolúvel: um único e perfeito ser.

4 comentários:

  1. super amei tudo sobre afrodite e as imagens tambem

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  2. aNôNIMO PQ VÇ Ñ APROVEITA E DE UMA OLHADINHA NAS DEUSAS HERA E ATENA,TVZ VÇ GOSTE

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  3. ééé u.u legal até , morri quando vi uma imagem ai báhh

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  4. Gostei do detalhes da história... Ngino

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