O nascimento de ZEUS
25 25UTC abril 25UTC 2009 às 4:46 PM (6.1- O Nascimento de ZEUS)
Tags: cabra amalteia, cronos, cronus, dicte, grecia, Hades, hera, hestia, iconografia grega, mitologia, mitologia grega, mitos, ninfas, oceano, oceânide, olimpo, panteão grego, Poseidom, Poussin, reia, Rubens, titãs, zeus
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Cronos, O Tempo, após destronar, sangrentamente, o próprio pai, era o senhor de todo o Universo.
- Aqui é assim: mando eu e ninguém mais!, dizia o tempo todo, a ponto de suas palavras reverberarem noite e dia pelos céus.
Certa feita, sua esposa, Réia, que também era sua irmã, chegou-se a ele e disse:
- Abraça-me, querido Cronos, pois serei mãe!
O velho Cronos, encanecido no mando, esboçou apenas um sorriso.
- Muito bonito, resmungou o deus.
- Mas e daí?
- Ora, e daí que você, meu esposo, será pai!, disse ela, tentando animá-lo.
Esta palavra no entanto, despertou a fúria de Cronos. Pondo-se em pé, com os olhos acesos, esbravejou:
- Não quero ouvir falar mais nesta palavra aqui no céu.
Imediatamente, ordenou que a pobre Réia saísse da sua frente, para que pudesse reorganizar seus pensamentos. A praga que seu pai lhe lançara no dia em que o mutilara com a foice diamantina ainda ecoava em seus ouvidos: “Ai de você, rebento infame… Do mesmo modo que usurpou o mando supremo, irá também um dia perdê-lo…”
- Nada de filhos, exclamou, por fim, a velha divindade.
- Réia, venha já até mim!
Sua esposa surgiu, um tanto intimidada.
- Quando nasce esta criatura que você está carregando?
- Vamos, diga!, bradou Cronos.
- Nos próximos dias, Cronos querido…
- Assim que nascer, traga-o imediatamente até mim.
- Assim será meu esposo…
Réia, correndo os dedos pelas madeixas, sorria candidamente.
Alguns dias depois, com efeito, nasceu o primeiro bebê: era Hera, uma menina encantadora, porém de poucos sorrisos.
- Deixe-me vê-la, sussurou Cronos, besuntando de mel a sua áspera voz.
- Veja, não é linda?, disse Réia, a imprudente.
- Encantadora!, respondeu o deus, com um sorriso equívoco.
- Vamos, dê-lhe um beijo, disse Réia.
O velho deus tomou, então, a criança envolta nos panos, e aproximou-a de seu imenso rosto.
- Dá mesmo vontade de engolí-la inteira, exclamou, arreganhando os dentes.
Réia chorou de ternura.
Num segundo, Cronos abriu, de par em par, a bocarra, como duas portas que dão para um abismo, e engoliu a pobre criança, que não deu um único pio.
Réia chorou de horror.
Sem descer a explicações, Cronos tomou a cabeça da esposa em suas mãos e exclamou:
- E nada de choros, hein? Nada de vinganças.
Depois despediu-a, não sem antes adverti-la:
- E, já sabe: nascendo outro, quero-o logo aqui.
Cronos dava tapinhas na sua barriga cheia, como que parabenizando-se pelo engenhoso estratagema. Depois retomou o seu eterno estrebilho, agora com renovado prazer:
- E você aí dentro, já sabe: aqui é assim, mando eu e ninguém mais.
O tempo passou e foram nascendo os rebentos.
Tão logo os filhos da desgraçada Réia iam saindo do cálido ventre da mãe, eram imediatamente metidos na boca tétrica do estômago do pai.
Passaram, assim, por este odioso portão, além de Hera, Hades, Poseidon, Héstia e Deméter. Quando chegou a vez do quinto bebê, Réia, farta de tanta sujeição, revoltou-se afinal:
- Este não…, pensava.
Passando, então, das palavras à ação, correu até a mais distante caverna do mundo – a caverna de Dicte – e lá gemeu e gritou, até dar à luz, Zeus, seu último e mais esperado filho.
Depois de entregar o garoto aos cuidados das ninfas da floresta, Réia retornou às pressas, ao palácio de Cronos.
Uma vez em seus aposentos, envolveu uma pedra nos lençóis e começou a gritar, como quem está em trabalho de parto.
- Temos nova peste, exclamou Cronos, rumando para o quarto.
Tão logo enxergou sua esposa segurando algo envolto nos panos, tomou-lhe o embrulho das mãos e engoliu-o, imaginando ser o quinto bebê.
- É o último hein…?, disse o deus, limpando a boca com as costas da mão e desaparecendo em seguida pela porta.
Réia, apesar da perda, chorou como das outras vezes.
- Tudo agora parecia em paz, pensa Cronos, enquanto gozava do silêncio, refestelado em seu trono dourado.
De vez em quando, porém, repetia bem alto o seu amado estribilho, pois o silêncio absoluto enchia-o de vagas apreensões:
- Bom mesmo é minha voz retumbando: aqui é assim, mando eu e ninguém mais!, gritava ele, acalmando-se.
Isto era bom também para o jovem Zeus, que permanecia oculto nas grutas distantes, podendo chorar à vontade. Quando chorava alto demais, as ninfas que dele cuidavam ordenavam que guerreiros reverberassem seus escudos, com toda a força, para abafar os sons infantis.
Para acalmá-lo, havia uma doce cabra, chamada Amaltéia, que o amamentava e lhe servia de distração.
Distração que também lhe trazia uma bola estriada de ouro, que o garoto recebera de presente de uma das ninfas, a qual ao subir e cair deixava no céu, como um fulgente meteoro, um belo rastro dourado.
Por fim, havia ainda uma águia encantada que todos os dias vinha de todas as partes do mundo contar novidades e instruir o jovem deus nas coisas da vida.
- Zeus, grande deus, disse-lhe um dia a águia, quando o garoto já estava crescido.
- Já é hora de saber sobre o terrível perigo que você corre.
A ave então, narrou ao deus todo o drama que dera origem à sua existência.
- Vai e liberta os seus irmãos da negra prisão em que estão metidos, para que você possa assumir o lugar de seu pérfido pai no comando do mundo, disse a águia, estendendo as longas asas, para enfatizar suas palavras.
Zeus, que era um rapaz extraordinariament forte e corajoso, acatou imediatamente a sugestão da sua fiel conselheira. Auxiliado pela filha do titã Oceano, a suave Métis, tomou posse, então, de uma poderosa erva mágica.
- Faça com que seu perverso pai beba desta poção e num instante você verá regurgitados todos os seus aprisionados irmãos, disse-lhe a bela oceânide.
Zeus conseguiu disfarçar-se de serviçal de Cronos e ofereceu-lhe a atraente beberagem numa taça de ouro.
- Que espécie de néctar é esse, que tem o brilho de todas as cores e se perfuma de todos os odores?, perguntou Cronos, arregalando o olho para dentro da taça.
- Um néctar como nunca experimentaste igual, asseverou Zeus, desviando ao mesmo tempo o olhar da carranca severa do pai.
Cronos, após infinitos vacilos, finalmente emborcou o conteúdo da taça.
A princípio, estalou os beiços, achando maravilhosa a poção. Durou pouco, entretanto, o prazer, pois logo em seguida o velho começou passar mal.
- Mas o que é isto?, exclamou Cronos, fazendo-se todo branco.
- Sinto náuseas fortíssimas.
Dali a instantes, Cronos começou a regurgitar, um por um, cada um dos filhos que havia ingerido. Como já fazia muito tempo que os engolira, agora se via obrigado a restituí-los completamente adultos. A incrédula Réia, que estava junto do esposo, ia recebendo cada um dos filhos com a face lavada em pranto:
- Oh, Hera querida… Héstia amada… adorada Démeter… Poseidon, meu anjo, Hades, meu amor…
Com o retorno de seus irmãos, Zeus havia dado o primeiro e irredutível passo para retirar o poder supremo do mundo das mãos de seu pérfido pai.
- Exijo, Cronos cruel, que me ceda agora o cetro do mundo!, exclamou Zeus, com altivez e confiança.
- Como ousa levantar a mão ímpia contra mim, o soberano do mundo?, exclamou Cronos, repetindo ao filho algo que lhe soava estranhamente familiar.
Pressentindo, no entanto, o perigo, Cronos tratou logo de ir procurar seus antigos irmãos e aliados – os velhos, porém fortíssimos, Titãs.
- Mas isso é o fim dos tempos!, acrescentou, criando uma frase que as gerações futuras repetiriam sempre que uma civilização entrasse em decadência. Zeus
Zeus (em grego: Ζεύς, transl. Zeús), na mitologia grega, é o rei dos deuses, soberano do Monte Olimpo e deus docéu e do trovão. Seus símbolos são o relâmpago, a águia, o touro e o carvalho. Além de sua herança obviamenteindo-europeia, o clássico "amontoador de nuvens", como era conhecido, também tem certos traços iconográficosderivados de culturas do antigo Oriente Médio, como o cetro. Zeus frequentemente era mostrado pelos artistasgregos em uma de duas poses: ereto, inclinando-se para a frente, com um raio em sua mão direita, erguida, ou sentado, em pose majestosa.
Zeus Cronida, tempestuoso, era filho de Cronos e Reia, o mais novo de seus irmãos. Na maioria das tradições ele era casado com Hera - embora, no oráculo de Dodona, sua consorte seja Dione, com quem, de acordo com a Ilíada, teve uma filha, Afrodite. É conhecido por suas aventuras, que resultaram em muitos descendentes, entre deuses e herois, como Atena, Apolo e Artêmis, Hermes, Perséfone (com Deméter), Dioniso, Perseu, Héracles, Helena, Minos e asMusas (com Mnemósine). Com Hera teria tido Ares, Hebe e Hefesto.
Seu equivalente na mitologia romana era Júpiter, e na mitologia etrusca era Tinia. Já se especulou sobre uma possível ligação com Indra, divindade da mitologia hindu que também tem um raio como arma.
Zeus sempre foi considerado um deus dos fenômenos naturais, com raios, trovões, chuvas e tempestades atribuídas a ele. Mais tarde, ele foi associado à justiça e à lei. Havia muitas estátuas erguidas em honra de Zeus, a mais magnífica era a sua estátua em Olímpia, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Originalmente, os Jogos Olímpicos eram realizados em sua honra.
Durante muito tempo quem governou a Terra foi Urano (o Céu). Até que foi destronado por Cronos, filho de Urano e pai de Zeus. Então Urano profetizou que Cronos também seria destronado por um de seus filhos. Cronos era casado com Réia, e quando seus filhos nasciam ele os devorava. Assim aconteceu com Hera, Hades, Poseidon, Héstia e Demeter. Quando nasceu o sexto filho, Réia decidiu salvá-lo, com a ajuda de Gaia (a Terra) que desgostava Cronos porque ele aprisionou os Hecatônquiros no Tártaro, temendo seu poder, esses gigantes possuíam cem braços e cinquenta cabeças.
Gaia leva Réia para parir secretamente esse filho na Caverna de Dicte (em outras versões foi no Monte Ida) em Creta. Lá Reia dá seu filho que se chama Zeus (tesouro que reluz) aos cuidados de Gaia e das Ninfas da Floresta (em outras versões Zeus fica com os centauros), Zeus cresceu alimentado pela cabra Amalteia. Quando ela morreu, ele usou a sua pele para fazer um escudo conhecido por Égide. Logo Réia retorna ao Palácio de Cronos, local onde Reia e seu esposo viviam e enrola em panos uma pedra e começa a fingir um parto, depois dá ao seu marido esse embrulho e ele o engole achando ser o sexto filho. Em outras versões Réia dá um potro a Cronos.[3]
Quando chegou à idade adulta enfrentou o pai. Zeus disfarçou-se de viajante, dando-lhe a Cronos uma bebida que o fez vomitar todos os filhos que tinha devorado, agora adultos. Após libertar os irmãos, iniciou a guerra Titanomaquia. Cronos procurou seus irmãos para enfrentar os rebeldes, que reuniram-se no Olimpo. A guerra duraria 100 anos até que seguindo um conselho de Gaia, Zeus liberta os Hecatônquiros, então os deuses olímpicos venceram e aprisionaram os titãs no Tártaro, em outras versões os aprisionaram embaixo de montanhas. Então partilhou-se o universo, Zeus ficou com o céu e a Terra, Poseidon ficou com os oceanos e Hades ficou com o mundo dos mortos.
Casamentos
Com Métis
Zeus casou-se 1º com Métis, a deusa da prudência, quando Métis estava grávida de Atena, Gaia profetizou que o segundo filho dos dois iria destronar seu pai Zeus, como havia acontecido com Cronos e com Urano, e que isso era um ciclo eterno. Zeus, temendo que isto acontecesse, montou uma armadilha: fez uma brincadeira com Métis, no qual eles se metamorfoseavam, Métis não foi prudente e aceitou, em algum momento Métis se metamorfoseou em uma mosca e foi engolida viva por Zeus, isso não adiantaria de nada, pois depois a cabeça de Zeus cresceria assustadoramente e Atena nasceria adulta da cabeça de Zeus,fazendo assim com que a profecia não se cumprisse.
Com Têmis
A segunda esposa de Zeus foi Têmis, uma titã, deusa da justiça, as ninfas levam Têmis até Zeus para se tornar sua segunda esposa, com quem gera as Moiras e as Horas.
Com Hera
O matrimônio com Têmis acabaria e Zeus se casaria finalmente com sua irmã Hera (deusa do casamento). Apesar de casado com Hera, Zeus tinha inúmeras amantes (as paixões de Zeus). Usava dos mais diferentes artifícios de sedução, como a metamorfose em qualquer objeto ou criatura viva, sendo dois dos mais famosos o cisne de Leda e o touro de Europa. Assim sendo, teve muitos filhos ilegítimos com deusas e mortais, que se tornaram proeminentes na mitologia grega; Heracles (Hércules) e Helena de Tróia, por exemplo. Hera é ciumenta e perseguia as amantes e os filhos bastardos de Zeus.
Zeus
Como divindade suprema do Olimpo, chamado "pai dos deuses e dos homens", Zeus simbolizava a ordem racional da Civilização Helênica.
Zeus é o personagem mitológico que, segundo Hesíodo e outros autores, nasceu de Réia e de Cronos, o qual engolia os filhos para evitar que se cumprisse a profecia de que um deles o destronaria.
Após o nascimento de Zeus, Réia ocultou a criança numa caverna, em Creta, e deu uma pedra envolta em faixas para o marido engolir.
Quando chegou à idade adulta, Zeus obrigou o pai a vomitar todos os seus irmãos, ainda vivos, e o encerrou sob a terra.
Transformou-se então no novo senhor supremo do cosmo, que governava da morada dos deuses, no cume do Monte Olimpo.
A esposa de Zeus foi sua irmã Hera, mas ele teve numerosos amores com deusas e mulheres mortais, que lhe deram vasta descendência.
Entre as imortais, contam-se Métis, que Zeus engoliu quando grávida para depois extrair Atena da própria cabeça; Leto, que gerou Apolo e Ártemis; Sêmele, mãe de Dioniso; e sua irmã Deméter, que deu à luz Perséfone.
Com Hera concebeu Hefesto, Hebe e Ares.
O deus assumia com freqüência formas zoomórficas - cisne, touro - ou de nuvem ou chuva, em suas uniões com mortais, que deram origem a uma estirpe ímpar de heróis, como os Dióscuros (Castor e Pólux), Héracles (Hércules) e outros que ocupam lugar central nos ciclos lendários.
Os templos e estátuas em honra a Zeus dominavam todas as grandes cidades, embora seu culto fosse menos popular do que o das respectivas divindades locais.
Era representado comumente como homem forte e barbado, de aspecto majestoso, e com essa imagem foi adotado pelos Romanos, que o identificaram com Júpiter.
Zeus
ZEUS (Jupiter) era filho de CRONOS e REA que eram Titas e detinham o controle do mundo.
Zeus com seus irmaos e irmas revoltaram-se contra o reino de Cronos e destronaram-no assim como seus outros deuses.
Zeus tomou posse do trono e dividiu os dominios de Cronos entre seus irmaos.
Como rei dos deuses, Zeus governava o mundo e as outras divindades. Era mais poderoso que todos os outros deuses juntos. Insistia para que todos obedecessem a suas leis e punia imediatamente todos aqueles que as violavam. Podia provocar tempestades e disparar seus trovoes para punir os homens.
Zeus usava um escudo, chamado Aegis, no centro do qual estava a cabeca de Medusa. Medusa era uma das tres irmas cujo aspecto era tao horripilante que aquele que a encarasse virava pedra. Para livrar o mundo dessa criatura, Perseus conseguiu apanha-la em seu sono e, usando um espelho para evitar de olha-la, arrancou-lhe a cabeca. Perseus usou-a contra os seus inimigos mas, no final,Zeus a pegou e a colocou em seu escudo.
Zeus era tambem acompanhado por uma aguia que carregava seus trovoes.
HERA (Juno) era a esposa de Zeus e rainha do Olimpo. Era considerada como a protetora das mulheres e especialmente do casamento. Era muito orgulhosa e sensivel e seus ciumes provocavam varias brigas com seu marido. Em certa ocasiao, para mante-la calma, Zeus amarrou-a com correntes e pendurou-a pelas nuvens, apos ter amarrado uma bigornas em seus pes.
Quando ela se casou com Zeus, recebeu de GAIA (= Terra), mae de todas as criaturas, uma arvore que dava macas de ouro. As HESPERIDAS, filhas de ATLAS, que carregava o mundo em seus ombros, eram as guardias dessa arvore.
Zeus (deus menor)
Zeus é o principal deus da mitologia grega. Era considerado, na Grécia Antiga, como o deus dos deuses. O nome Zeus em grego antigo significava “rei divino”.Genealogia e filhos de Zeus: Zeus era filho mais jovem do casal de titãs Cronos e Rea. Casou-se com a deusa e irmã Hera (deusa do casamento). Porém, de acordo com a mitologia grega, teve várias amantes (deusas e mortais) e vários filhos destes relacionamentos. Os filhos mais conhecidos de Zeus são: Apolo (deus da medicina e da luz), Atenas (deusa da sabedoria e da estratégia), Hermes (deus do comércio e dos viajantes), Perséfone (deusa do mundo subterrâneo), Dionísio (deus do vinho) , Herácles (herói grego) , Helena (princesa grega) , Minos (rei de Creta) e Hefesto (deus do fogo). Poderes e atributos: De acordo com a crença dos gregos antigos, Zeus ficava no Monte Olimpo governando tudo o que acontecia na Terra. Era considerado também o deus do céu e do trovão. Era representado nas pinturas e esculturas num trono ou em pé, ao lado de um raio, carvalho, touro ou águia. Estas representações simbolizavam qualidades e poderes (rapidez, força, energia, comando) atribuídos ao deus.
O rapto de EUROPA
25 25UTC abril 25UTC 2009 às 5:54 PM (6.2- O rapto de EUROPA)
Tags: Creta, deuses, Europa, grecia, hélade, iconografia grega, Minos, mitologia,mitologia grega, mitos, Netuno, olimpo, panteão grego, Rubens, touro branco, zeus
Tags: Creta, deuses, Europa, grecia, hélade, iconografia grega, Minos, mitologia,mitologia grega, mitos, Netuno, olimpo, panteão grego, Rubens, touro branco, zeus
Há muito tempo atrás, havia no reino de Tiro, um rei, Agenor, cuja filha era muito bela.
O nome dela era Europa, e Zeus apaixonou-se perdidamente por sua beleza.
- Que linda mulher!, exclamava o deus dos deuses, cuidando, no entanto, para não ser ouvido por Hera, sua ciumenta esposa.
- Tenho de possuí-la, a qualquer preço.
Movido por essa determinação, Zeus decidiu utilizar-se de seu estratagema principal, ou seja, o de se metamorfosear em algum ser ou coisa. Por alguma razão, Zeus jamais aparecia diante das suas eleitas na sua forma pessoal, preferindo assumir sempre uma outra aparência qualquer.
Assim, depois de muito pensar, decidiu transformar-se num grande touro, branco como a neve. Completada a transformação, Zeus desceu a Terra, envolto numa grande nuvem.
Em uma das praias do rei de Tiro, um rebanho dócil de touros pastava num relvado próximo ao mar, sem que ninguém percebesse.
Uma grande nuvem foi se aproximando, até que dela desceu o grande touro, indo colocar-se em meio aos demais.
Os seus novos colegas de rebanho, a princípio assustados com aquela súbita aparição, abriram um espaço assim que ele pousou sobre a grama. Como o alvo touro se mostrasse manso e dócil, teve logo sua presença admitida, sem maiores contestações.
Ali esteve misturado aos demais, contrastando com o pêlo escuro dos outros touros, até que, de repente, a bela Europa surgiu com suas amigas, rindo e cantando por entre as areias da praia.
As suas companheiras eram belas, também, mas assim como Zeus destacava-se em seu rebanho, a filha de Agenor destacava-se em meio ao seu encantador e animado grupo.
Era uma manhã luminosa, o sol brilhava sem ferir os olhos, e o céu tinha um tom manso e azulado como os olhos do touro, que observavam, atentos, a aproximação de sua amada.
- Vejam só que belo rebanho!, exclamou Europa, ao ver os bois.
- Mas o que será aquela mancha branca em meio a eles?
A jovem, destacando-se do grupo, avançou correndo, levantando a barra da sua túnica rendada, que lhe descia ate um pouco abaixo dos joelhos.
Quando chegou perto de Zeus, seus seios arfavam sob a fina gaze de suas vestes.
Os grandes olhos azuis do touro branco pousaram sobre a face corada de Europa, de tal modo que a moça não pode deixar de observar o seu intenso brilho.
- Um touro branco!, disse a moça, encantada.
- E que lindos olhos ele tem!
Todas as amigas ajuntaram-se em torno ao animal, que, no entanto, tinha seus grandes olhos azuis postos somente sobre a bela filha do rei.
A moça, postando-se ao lado dele, começou a alisar o pelo sedoso de seu dorso branco, enquanto admirava os seus pequenos e delicados cornos, que tinham o brilho cristalino das melhores pérolas.
Embora o aspecto do animal fosse suave, a sua musculatura era rija, o que Europa pode comprovar, ao alisar o seu pescoço.
Alguns espasmos musculares percorriam o pêlo do touro a cada vez que Europa o acariciava.
De vez em quando, o animal inclinava a cabeça, fazendo-a deslizar discretamente pelo flanco de Europa, erguendo, com suavidade, suas vestes. A filha de Agenor, contudo, permitia tais liberdades por julgá-las apenas um brinquedo inocente do magnífico animal.
Retirando-o do grupo, Europa levou-o para passear nas areias da praia, dando-lhe com as mãos algumas flores, que o touro comeu alegremente.
Depois, ele pôs-se a correr ao redor da moça, enquanto as outras o perseguiam, fazendo-lhe festas e agrados.
Como o sol começasse a se tornar quente demais, pois era o auge do verão, as moças, cansadas da brincadeira, despiram-se para dar um breve mergulho no mar. Europa, entretanto, preferiu ficar na areia, a brincar com seu touro branco.
Assim, enquanto suas amigas banhavam-se, Europa colhia outras flores, compondo com elas uma bela grinalda que depositou em seguida sobre os chifres do animal. Depois, montada sobre as suas costas, foi conduzida por ele num trote manso. Enquanto o animal a levava, emitia um pequeno mugido, em sinal de orgulho e satisfação.
As amigas de Europa, entretanto, ao verem a nova diversão que a filha do rei inventara, saíram todas correndo do mar.
Zeus, porém, ao ve-las avançarem para si, temeu que fossem desalojar Europa das suas costas.
Realmente, logo uma delas tocou a cabeça do touro, com a mão coberta de sal:
- Vamos, Europa, deixe-nos andar um pouco!, disse a moça, impaciente.
Zeus, porém, aproveitando a relutância que Europa manifestava em descer, lançou-se para a frente, num salto ágil, tomando o rumo do mar.
- Ei, esperem, aonde vão?, exclamou uma das amigas de Europa.
Zeus, surdo aos gritos, arremeteu em meio às mulheres que avançavam pela água, obrigando-as a se afastarem, assustadas, para todos os lados.
- Socorro!, gritava Europa, estendendo-Ihes as mãos, apavorada com o ímpeto repentino do animal.
O touro, entretanto, avançava mar adentro, deixando atrás de si as mulheres pela praia, a sacudir os braços, impotentes.
Imaginando que o touro enlouquecera, temeram que tanto Europa quanto o animal terminariam afogados, logo que ultrapassassern a rebentação.
Surpreendentemente, porém, o touro rompeu as ondas, lançando-se num trote ainda mais ágil do que aquele que usara nas areias fofas da praia.
E assim, se afastou cada vez mais da praia, enquanto Europa procurava manter-se agarrada aos chifres de seu sequestrador.
- Pare! Para onde está me levando?, perguntava Europa enquanto o touro permanecia firme no seu galope, saltando sobre as ondas com a mesma destreza de um golfinho.
Vendo, porém, que o animal parecia determinado a conduzi-la para algum lugar, Europa começou a clamar por socorro, invocando a proteção de Netuno:
- Ó deus dos mares, veja em que aflição me encontro!, disse a moça, recebendo em seu corpo o vento e as ondas geladas.
De repente, porém, tendo já avançado imensamente pelo oceano, o touro voltou para trás a cabeça e começou a conversar com a assustada Europa.
- Nada tema, bela Europa!, disse o animal.
- Eu sou Zeus e a levo comigo para a ilha de Creta, onde casaremos e você será honrada com uma ilustre descendência.
Europa, mais calma, manteve-se agarrada aos chifres de seu futuro marido.
Dentro em pouco chegaram ambos a ilha que o deus dos deuses anunciara.
Tão logo teve os pés postos sobre o chão outra vez, Europa viu o touro branco assumir a forma esplendorosa de Zeus.
Impaciente, o deus supremo carregou-a para dentro da ilha, enquanto Europa ainda tentava ensaiar alguma reação.
Das núpcias deste casal surgiriam três lindos filhos, dentre os quais Minos, futuro rei de Creta.
O mito de LEDA e o cisne na arte
Zeus e Io
Io, é uma das paixões de Zeus, filha do deus-rio Ínaco, que por sua vez era filho de Oceanus e Tétis. Foi sacerdotisa da Hera.
Sua beleza despertou a paixão de Zeus, que, para cortejá-la, cobriu o mundo com um manto de nuvens escuras, escondendo seus atos da visão de Hera.
A estratégia falhou e a deusa, desconfiada, desceu do monte Olimpo para averiguar o que estava acontecendo.
Numa vã tentativa de iludir sua esposa ciumenta, o deus transformou sua amante em uma belíssima novilha branca.
Intrigada pelo interesse do marido no animal e maravilhada com a beleza do mesmo, Hera exigiu a novilha para si e a pôs sob a guarda do gigante Argos, que, quando dormia, mantinha abertos cinqüenta de seus cem olhos.
Zeus encarregou Hermes de libertar sua amada.
Para tanto, o mensageiro dos deuses, usando a flauta de Pã, pôs para dormir os olhos despertos de Argos, enquanto os outros cinqüenta dormiam um sono natural, e cortou sua cabeça.
Hera recolheu os olhos de seu servo e os pôs na cauda do pavão, animal consagrado a ela.
Io estava livre do cativeiro, mas não dos tormentos de Hera.
O fantasma de Argos continuava a persegui-la.
Para piorar sua situação, a deusa enviou um moscardo para picar a novilha constantemente durante sua fuga.
O mito de Io pode ser interpretado como uma alegoria lunar, na qual a fuga da novilha representaria o movimento da Lua e os olhos de Argos, o céu estrelado.
Uma pequena lenda paralela diz que as lágrimas da novilha Io caíram sobre as asas de um inseto, marcando-as eternamente e dando origem à uma bela borboleta.
O rapto de Ganimedes
Zeus tinha como animal de estimação uma linda águia.
Esta ave, branca é imensa, era a mesma que levara ao deus dos deuses, o néctar, durante sua perigosa infância, na ilha de Creta, quando vivia escondido do pai, Saturno, que comia os próprios filhos.
Zeus, agora adulto e na condição suprema de deus dos deuses, casara-se com Hera e dela tivera uma filha chamada Hebe. Ela estava encarregada de servir o néctar aos deuses, durante os seus ociosos e felizes encontros.
Hebe, considerada a encarnação da juventude, parecia não se incomodar com a humilhante tarefa, e era sempre sorrindo que derramava nas taças dos deuses o néctar que trazia em sua jarra.
Mas, um dia, Hebe, um tanto descuidada, resvalou em pleno salão do Olimpo e caiu corn a jarra. Seu pai, Zeus, desgostou-se com o lamentável desempenho e demitiu-a no ato.
A partir daquele instante, a corte celestial não tinha mais quem servisse os deuses, problema que, num lugar onde os problemas eram poucos, revestia-se de relevante importância.
— Zeus, querido, disse um dia Hera ao seu esposo. — Se você não quer mais que nossa desastrada filha reassuma suas antigas funções, trate de arrumar alguém para tomar o seu lugar.
— Você poderia exercê-las perfeitamente, querida Hera, disse Zeus.
Hera nem se deu ao trabalho de responder.
Simplesmente deu-lhe as costas, seguida de seu pavão de estimação, que parecia também ofendido.
Zeus, reclinando-se em seu trono, pensou um pouco.
Depois, levantando-se, foi até a janela espiar a Terra, sua distração principal: observar os mortais era também um bom calmante, pois ao ver as loucuras e confusões nas quais eles viviam metidos, as apreensões do grande deus diminuíam.
No exato instante em que Zeus deitou para baixo o seu olhar, ele caiu sobre um belo rapaz que passeava em meio a várias ovelhas, por um prado ameno e recoberto de fibras.
Era Ganimedes, filho do rei da Troada.
Apesar de sua alta condição, era pastor, e neste instante guiava o seu rebanho. O jovem trazia a cabeça um barrete frígio, tendo jogado displicentemente às costas um pequeno manto. Sua compleição física destacava-se em meio a brancura das ovelhas, o que logo atraiu Zeus.
— Ora, vejam… Este belo rapaz dará aqui um ótimo serviçal!, disse o deus dos deuses, alisando as barbas.
Assim, sem pensar em mais nada, o rei dos deuses decidiu simplesmente raptá-lo, levando o jovem para morar no Olimpo com os deuses.
Num instante, Zeus fez um sinal para sua águia, que estava sempre por perto.
— Minha querida, disse Zeus à ave.
— Desça já a Terra e traga-me aquele belo rapaz!
A ave estendeu suas imensas asas e arremessou-se ao abismo, como uma flecha recoberta de penas.
Enquanto isto, Ganimedes, alheio a tudo, continuava a pastorear o seu rebanho.
Como o sol estivesse um tanto forte, o rapaz decidiu sentar-se um pouco sobre uma pedra, a sombra de uma grande árvore. Puxou uma flauta rústica para distrair-se e acalmar as ovelhas.
Mas, por entre as nuvens já pairava a imensa águia, atenta. Do alto observava o alvo rebanho, como outra nuvem que estivesse pousada ao chão.
Quando percebeu que o inocente jovem estava inteiramente entregue a sua distração, destacou-se das nuvens e arremeteu com suas grandes garras expostas.
Ganimedes, erguendo um pouco o olhar, percebeu que uma grande sombra ocultava por instantes a luz do sol. Antes que entendesse direito o que era aquilo, sentiu em seus ombros a pressão dolorida das garras da águia.
O jovem não teve tempo de ver o que o feria. Sentiu apenas que se elevava cada vez mais pelos ares, enquantoobservava, atônito, as suas ovelhas diminuírem lá abaixo, até se tornarem somente um pontinho branco no imenso tapete verde do campo.
O vento frio arrebatara seu manto ao mesmo tempo em que deixava em selvagem desalinho a sua cabeleira revolta.
Mas à medida que subia, o calor do sol esquentava Ganimedes. Quando ficava quente demais, a ave agitava com mais força as suas asas, para aliviá-lo do calor.
— O que quer de mim?, gritava o jovem a sua raptora.
A águia, entretanto, permanecia em majestoso silêncio, ascendendo cada vez mais com sua presa para além das nuvens.
Assim foram subindo, até que Ganimedes, por entre as brumas das regiões superiores, viu surgir afinal o palácio majestoso de Zeus.
Em instantes o jovem, mudo de espanto, foi depositado diante do trono do pai dos deuses.
— Meu caro jovem!, disse Zeus, com um ar de boas-vindas.
— Saiba que, a partir de hoje, você passará a fazer parte de minha corte celestial.
A esposa de Zeus, que também aguardava o jovem, mostrava-se bastante surpreendida com sua beleza, admitindo que seu marido fizera uma bela escolha.
— O que querem de mim?, exclamou Ganimedes, que não sabia se ficava alegre diante dessa noticia ou se a lamentava.
Afrodite, a bela deusa do amor, que também estava por ali, adiantou-se:
— Permita, Zeus, que eu converse um pouco com ele, disse, entusiasmada.
— Estou certa de que nos entenderernos às mil maravilhas.
Zeus assentiu, enquanto Afrodite, envolvendo com seu braço a cintura do jovem, conduziu-o até um recanto afastado nos jardins perfumados do Olimpo.
Ganimedes, apesar de assustado com tudo, ficou fascinado com a beleza daquela deusa, que o tornava, assim, em seus braços, com a intimidade de uma velha amiga.
— Você teve a honra de ser escolhido dentre os mortais para ser o novo servidor de Zeus e de todos os deuses, disse-lhe Afrodite, fazendo uma pausa na caminhada, com os olhos fitos em Ganimedes.
O jovem podia sentir o calor da pele da deusa envolvê-lo como uma veste imaginária.
— A partir de agora você será um de nós, tendo tambéem o dom divino da imortalidade. Agora, meu querido, vamos tratar destas pequenas feridas, caso contrário você não poderá vestir tão cedo o seu novo e elegante traje, completou a deusa.
Afrodite levou, então, o seu hóspede para um dos aposentos do palácio de Zeus, onde soube consolá-lo, de maneira bastante eficiente, das suas saudades terrenas.
Enquanto isso, Zeus, percebendo que o pai do jovem raptado ficara inconsolável com a perda do filho, decidiu recompensá-lo.
Já era noite estrelada quando o mensageiro de Zeus apresentou-se diante do infeliz rei e da sua esposa.
Ambos mostravam-se inconformados com a perda do filho.
— Rei poderoso!, disse-Ihe Hermes, num tom solene.
— Venho aqui, em nome de Zeus, para lhe comunicar que seu filho é agora um deus.
— Ganimedes imortal, exclamou o pobre rei, sem saber o que dizer.
Sua esposa, que preferia seu filho humano, mas ao seu lado, perguntou, aflita:
— Mas nunca mais veremos nosso amado Ganimedes?
— Não, nunca mais, respondeu Hermes.
— A não ser no céu, onde poderão enxergá-lo em noites claras como esta, sob a forma do zodíaco de Aquário. Em compensação, Zeus lhes manda este magnifico presente, que acalmará em seus corações, a aflição provocada por essa dolorosa perda.
Hermes, com ar triunfal, descobriu, então, diante dos olhos do velho casal, uma maravilhosa parelha de cavalos que, lançando-se pelo prado, pôs-se a correr ao redor deles, numa cavalgada mais veloz do que a do próprio vento.
O rei e a rainha, no entanto, não viram nenhuma dessas maravilhas: abraçados, tinham os olhos postos no céu, a procura do filho.
Zeus e Calisto
Calisto provocava ciúme em Hera, pois sua beleza cativara seu marido, Zeus. Hera, então, castigou-a transformando-a num urso.
Calisto, no entanto, tentava ao máximo lutar contra seu destino mantendo-se o mais ereta possível, tentando assim conquistar a piedade dos deuses.
Mas a indiferença de Zeus a fazia crer ser este deus cruel, apesar de nada poder dizer, pois agora só sabia rugir.
Sua vida agora era de medo. Tinha medo dos caçadores que rodeavam sua antiga casa, pois tinha sido ela também uma caçadora. Temia as noites que passava sozinha. Temia as feras, mesmo que agora ela mesma fosse uma.
Calisto transformou-se na constelação da Ursa Maior e Arcas em Arctofilax, a constelação da Ursa Menor, o guardião da ursa.Zeus – o fertilizador
Uniões divinas:
- Métis: Atenas
- Têmis: Horas, Moiras
- Dione: Afrodite
- Eurínome: Cárites
- Mnemósina: Musas
- Leto: Apolo, Ártemis
- Deméter: Perséfone
- Hera: Ares, Hebe, Ilítia
Uniões com humanas e heroínas:
- Alcmena: Hércules
- Antíope: Anfião, Zeto
- Calisto: Arcas
- Dânae: Perseu
- Egina: Éaco
- Electra: Dárdano, Lásion, Harmonia
- Europa: Minos, Sarpédon, Radamanto
- Io: Épafo
- Laodamia: Sarpédon
- Leda: Helena, Dioscurus, Clitemnestra
- Maia: Hermes
- Níobe: Argos, Pelasgo
- Sêmele: Dioniso
- Taígeta: Lacedê
Zeus
Zeus ou Júpiter, dizem os poetas, é o pai, o rei dos deuses e dos homens; reina no Olimpo, e, com um movimento de sua cabeça, agita o universo. Ele era o filho de Réia e de Saturno que devorava a descendência à proporção que nascia. Já Vesta, sua filha mais velha, Ceres, Plutão e Netuno tinham sido devorados, quando Réia, querendo salvar o seu filho, refugiou-se em Creta, no antro de Dite, onde deu à luz, ao mesmo tempo, a Júpiter e Juno. Esta foi devorada por Saturno. O jovem Júpiter, porém, foi alimentado por Adrastéia e Ida, duas ninfas de Creta, que eram chamadas as Melissas; além disso Réia recomendou-o aos curetes, antigos habitantes do país. Entretanto, para enganar seu marido, Réia fê-lo devorar uma pedra enfaixada. As duas Melissas alimentaram Júpiter com o leite da cabra Amaltéia e com o mel do monte Ida de Creta.
Adolescente, Zeus se associou à deusa Metis, isto é, a Prudência. Foi por conselho de Metis que ele fez com que Saturno tomasse uma beberagem cujo efeito foi fazê-lo vomitar, em primeiro lugar a pedra e depois os filhos que estavam no seu seio.
Antes de tudo, com o auxílio de seus irmãos Netuno e Plutão, - Júpiter resolveu destronar seu pai e banir os Titãs, ramo rival que punha obstáculo à sua realeza. Predisse-lhe a Terra uma vitória completa, se conseguisse libertar alguns dos Titãs encarcerados por seu pai no Tártaro e os persuadir a combater por ele, coisa que empreendeu e conseguiu depois de haver matado Campe, a carcereira a quem estava confiada a guarda dos Titãs nos Infernos.
Foi então que os Ciclopes deram a Júpiter o trovão, o relâmpago e o raio, um capacete a Plutão, e a Netuno um tridente. Com essas armas, os três irmãos venceram Saturno, expulsaram-no do trono e da sociedade dos deuses, depois de o haverem feito sofrer cruéis torturas. Os Titãs que haviam auxiliado Saturno foram precipitados nas profundidades do Tártaro, sob a guarda dos Gigantes.
Depois dessa vitória, os três irmãos, vendo-se senhores do mundo, partilharam-no entre si: Júpiter teve o céu, Netuno o mar e Plutão os infernos. Mas à guerra dos Titãs sucedeu a revolta dos Gigantes, filhos do Céu e da Terra. De um tamanho monstruoso e de uma força proporcionada, eles tinham as pernas e os pés em forma de serpente, e alguns com braços e cinqüenta cabeças. Resolvidos a destronar Júpiter amontoaram o Ossa sobre o Pelion, e o Olimpo sobre o Ossa, desde onde tentaram escalar o céu. Lançavam contra os deuses rochedos, dos quais os que caíam no mar formavam ilhas, e montanhas os que rolavam em terra. Júpiter estava muito inquieto, porque um antigo oráculo dizia que os Gigantes seriam invencíveis, a não ser que os deuses pedissem o socorro de um mortal. Tendo proibido à Aurora, à Lua e ao Sol de descobrir os seus desígnios, ele antecipou-se à Terra que procurava proteger seus filhos; e pelo conselho de Palas, ou Minerva, fez vir Hércules que, de acordo com os outros deuses, o ajudou a exterminar os Gigantes Encelado, Polibetes, Alcioneu, Forfirion, os dois Aloidas, Efialtes e Oeto, Eurito, Clito, Titio, Palas, Hipólito, Ágrio, Taon e o terrível Tifon que, ele só, deu mais trabalho aos deuses do que todos os outros.
Depois de os haver derrotado, Júpiter precipitou-os no fundo do Tártaro, ou, segundo outros poetas, enterrou-os vivos em países diferentes. Encelado foi enterrado sob o monte Etna. É ele cujo hálito abrasado, diz Virgílio, exala os fogos do vulcão; quando tenta voltar-se, faz tremer a Sicília, e um espesso fumo obscurece a atmosfera. Polibetes foi sepultado sob a ilha de Lango, Oeto na de Cândia, e Tifon na de Isquia.
Segundo Hesíodo, Júpiter foi casado sete vezes; desposou sucessivamente Metis, Temis, Eurinome, Ceres, Mnemosine, Latona e Juno, sua irmã, que foi a última das suas mulheres.
Tomou-se também de amor por um grande número de simples mortais, que umas e outras lhe deram muitos filhos, colocados entre os deuses e semideuses.
A sua autoridade suprema, reconhecida por todos os habitantes do céu e da terra foi, no entanto, mais de uma vez contrariada por Juno, sua esposa. Ela ousou mesmo urdir contra ele uma conspiração dos deuses. Graças ao concurso de Tetis e a intervenção do terrível gigante Briareu, essa conspiração foi prontamente sufocada, e reentrou o Olimpo na eterna obediência.
Entre as divindades, Júpiter ocupava sempre o primeiro lugar, e o seu culto era o mais solene e o mais universalmente espalhado. Os seus três mais famosos oráculos eram os de Dodona, Líbia e de Trofônio. As vítimas que mais comumente se lhe imolavam eram a cabra, a ovelha e o touro branco com os cornos dourados. Não se lhe sacrificavam vítimas humanas; muitas vezes as populações se contentavam em lhe oferecer farinha, sal e incenso. A águia, que paira no alto dos céus e fende como o raio sobre a presa, era a sua ave favorita.
A Quinta-feira (jeudi, em francês), dia da semana, era-lhe consagrada (Jovis dies).
Na fábula, o nome de Júpiter precede ao de muitos outros deuses, mesmo reis: Júpiter-Amon na Líbia, Júpiter-Serapis no Egito, Júpiter-Bel na Assíria, Júpiter-Apis, rei de Argos, Júpiter-Astério, rei de Creta, etc.
Júpiter é geralmente representado sob a figura de um homem majestoso, com barba, abundante cabeleira, e sentado sobre um trono. Com a destra segura o raio que é representado ou por um tição flamejante de duas pontas ou por uma máquina pontiaguda dos dois lados e armada de duas flechas; com a mão esquerda sustém uma Vitória; a seus pés, com as asas desdobradas, descansa a águia raptora de Ganimedes. A parte superior do seu corpo está nua, e a inferior coberta.
Esta maneira de representá-lo não era contudo uniforme. A imaginação dos artistas modificava o seu símbolo ou a sua estátua, conforme as circunstâncias e a região em que Júpiter era venerado. Os cretenses representavam-no sem orelhas, para mostrar a sua imparcialidade; em compensação, os lacedemônios davam-lhe quatro para provar que ele ouvia todas as preces. Ao lado de Júpiter vêem-se muitas vezes a Justiça, as Graças e as Horas.
A estátua de Júpiter, por Fídias, era de ouro e marfim: o deus aparecia sentado em um trono, tendo na cabeça uma coroa de oliveira, segurando com a mão esquerda uma Vitória também de ouro e marfim, ornada de faixas e coroada. Com a outra mão empunhava um cetro, sobre cuja extremidade repousava uma águia resplandecendo ao fulgor de toda espécie de metais. O salão do deus era incrustrado de ouro e pedrarias: o marfim e o ébano davam-lhe, pelo seu contraste, uma agradável variedade. Aos quatro cantos havia quatro Vitórias que parecia se darem as mãos para dançar, e outras duas estavam aos pés de Júpiter. No ponto mais elevado do trono, sobre a cabeça do deus, estavam de um lado as Graças, do outro as Horas, uma e outras filhas de Júpiter.
Gostei bastante. Sou filha de Zeus e adorei saber mais coisas sobre ele. Obrigada.
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