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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Doze trabalhos de Hércules


Doze trabalhos de Hércules




Os doze trabalhos de Hércules, painel lateral de um sarcófago da Coleção Ludovisi.

Os doze trabalhos de Hércules (em grego: Άθλοι του Ηρακλή, "Trabalhos de Hércules") são uma série de episódios arcaicos ligados entre si por uma narrativa contínua, relativa a uma penitência que teria sido cumprida por um dos maiores heróis gregos, Héracles, mais conhecido em português pela romanização Hércules. Os antigos gregos atribuíam o estabelecimento de um ciclo fixo de doze trabalhos a um poema épico, a Heracleia, já perdido, escrito por Peisândro de Rodes, e que dataria de 600 a.C..
Da maneira em que são conhecidos atualmente, os trabalhos de Hércules não são contados num único lugar; foram reunidos a partir de fontes diferentes. De acordo com os mitólogosCarl A. P. Ruck e Blaise Daniel Staples, não há uma maneira específica de interpretar os trabalhos; pode-se inferir apenas que seis deles se passam no Peloponeso, e culminaram com a rededicação de Olímpia. Outras seis levaram o herói até terras mais distantes, quase sempre lugares relacionados à deusa Hera, além de entradas para o Hades, o mundo inferior, habitado pelos mortos.Todos os trabalhos seguiam o mesmo modelo: Hércules era enviado para matar, subjugar ou buscar uma planta ou animal mágico para Euristeu, representante de Hera.
Uma célebre descrição dos trabalhos na arte grega se encontra nas métopes do Templo de Zeus em Olímpia, que data do século V a.C..

Narrativa de fundo

Mais tarde, já adulto, Hércules assassinou sua esposa, Mégara, filha de Creonte[Nota 2], e seus três filhos, num acesso de loucura provocado por Hera Quando se deu conta do que havia feito, o herói se isolou, fugindo para o campo e vivendo sozinho. Foi encontrado por seu primo Teseu, e foi convencido a visitar o oráculo em Delfos, para recuperar sua honra. O oráculo o contou que, como penitência, Hércules deveria executar uma série de dez tarefas, ou trabalhos, e servir doze anos a Euristeu, e ao final dos trabalhos ele se tornaria imortal. Euristeu era o homem que ele mais odiava, por haver herdado o seu direito de nascença. Foi a pitonisa quem primeiro chamou o heroi de Héracles, até então ele era conhecido pelo nome de Alcides

Os trabalhos

3. Alcançou correndo a Corça de Cerínia, um animal lendário, com chifres de ouro e pés de bronze. A corça, que corria com assombrosa rapidez e nunca se cansava, era Taígeteninfa que, para fugir a perseguição de Zeus foi transformada por Ártemis no animal. Como ela tinha uma velocidade insuperável, Hércules a perseguiu incansavelmente durante um ano até que, exausta, foi atingida por uma flecha disparada pelo herói. Ferida levemente, foi levada nos ombros do herói até o reino de Euristeu. Em outra versão do mito, Héracles tinha de capturar a corça, mas sem machucá-la; ele a perseguiu durante um ano, até conseguir pegá-la com uma rede, porém ela acabou se ferindo. O herói pôs então a culpa emEuristeu, para que Ártemis se zangasse com ele. Em uma terceira versão, Hércules levou um ano para realizar o trabalho a seguir, que era capturar a corça que habitava o monte Cerineu. Este animal parecia ser mais tímido do que perigoso, e sagrado para Ártemis; Hércules finalmente aprisionou-a e estava levando-a para Euristeu quando se encontrou comÁrtemis, que estava muito zangada e ameaçou matá-lo pelo atrevimento em capturar seu animal; mas quando ficou sabendo sobre os trabalhos, concordou em deixar Hércules levar o animal, com a condição que Euristeu o libertasse logo que o tivesse visto.


Significados

O acadêmico alemão Walter Burkert chamou os trabalhos, juntamente com os outros mitos sobre Hércules, de "um conglomerado de contos populares que foram explorados apenas de maneira secundária pela grande arte da poesia", e afirmou que não foi até o fim do século V que os poetas da era clássica puderam trazer o mito para "uma atmosfera mais trágica, heróica e humana, afastando-o de seu impulso natural rumo a um reino descompromissado, além do humano". À medida que os feitos sobre-humanos de Hércules, sempre a vencer a morte, passaram a adquirir simbolismos [filosóficos, morais e, eventualmente, alegóricos, por trás de seus significados literais], a figura do herói passou a representar uma tradiçãomística interior, e os trabalhos foram interpretados em termos de uma jornada espiritual. Os últimos três trabalhos, em particular, seriam considerados metáforas sobre a morte. Hércules foi único entre os heróis gregos, na medida em que não se conhecia a localização de sua sepultura, e portanto os sacrifícios e libações eram-lhe oferecidas em todos os lugares.

Leão da Nemeia


No primeiro dos seus famosos doze trabalhosHéracles recebeu de Euristeu a missão de derrotar o Leão de Neméia, para dar fim à devastação que este causava. De início, Héracles tentou atingi-lo com suas flechas, inutilmente. Irritado, o herói aplicou com sua clava um golpe tão tremendo na cabeça do animal, que este caiu desacordado. Depois de estrangulá-lo, Héracles extraiu o couro do animal com as próprias garras, uma vez que nenhuma arma de ferro o conseguia cortar ou perfurar. A partir daí Héracles passou a usar sua pele como um manto protetor, com a cabeça do leão servindo-lhe de elmo

Hidra de Lerna


Hidra de Lerna era um animal fantástico da mitologia grega, filho dos monstros Tifão e Equidna, que habitava um pântano junto ao lago de Lerna, na Argólida, costa leste do Peloponeso.A Hidra tinha corpo de dragão e nove cabeças de serpente (algumas versões falam em sete cabeças e outras em números muito maiores)  cujo hálito era venenoso  e que podiam se regenerar.
A Hidra era tão venenosa que matava os homens apenas com o seu hálito; se alguém chegasse perto dela enquanto ela estava dormindo, apenas de cheirar o seu rastro a pessoa já morria em terrível tormento.
A Hidra foi derrotada por Héracles (Hércules, na mitologia romana), em seu segundo trabalho. Inicialmente Hércules tentou esmagar as cabeças, mas a cada cabeça que esmagava surgiam duas no lugar. Decidiu então mudar de tática e, para que as cabeças não se regenerassem, pediu ao sobrinho Iolau para que as queimasse com um tição logo após o corte, cicatrizando desta forma a ferida.Sobrou então apenas a cabeça do meio, considerada imortal.Héracles cortou e enterrou a última cabeça com uma enorme pedra.Assim, o monstro foi morto.

Segundo a tradição, o monstro foi criado por Hera para matar Héracles. Quando percebeu que Héracles iria matar a serpente, Hera enviou-lhe a ajuda de um enorme caranguejo, mas Héracles pisou-o e o animal converteu-se na constelação de caranguejo (ou Câncer).
Instruído por Minerva,Héracles, após matar a Hidra, aproveitou para banhar suas flechas no sangue do monstro, para torná-las venenosas.Euristeu não considerou este trabalho válido  (Héracles deveria cumprir dez trabalhos, e não doze), pois o heroi teve ajuda
Hércules morreu, mais tarde, na Frígia, por causa do veneno da Hidra: após ferir mortalmente o centauro Nesso com flexas envenenadas no sangue da Hidra, este deu seu sangue a Dejanira, dizendo que era uma poção do amor, para ser usada na roupa.Dejanira acreditou, e, quando sentiu ciúmes de Íole, usou o sangue de Nesso para banhar as roupas de Hércules, que sentiu dores de queimadura insuportáveis, preferindo o suicídio na pira crematória.

Corça de Cerineia




Hércules e a Corça Cerínia. Fonte em bronze romana, séc. I a.C.
Em um dos famosos doze trabalhos de Hércules, o rei Euristeu exigiu de Héracles que capturasse o animal. Querendo evitar ferir a corça e desagradar à deusa, Héracles perseguiu-a incansavelmente durante um ano, passando por muitas regiões da Grécia e mesmo além. Finalmente a corça, de volta à Arcádia, procurou refúgio no monte Artemísio. Ainda com Héracles em seu encalço, tentou atravessar o rioLádon, onde foi alcançada pelo herói. Exausta, foi ferida levemente por uma flecha que ele disparou. Héracles colocou-a nos ombros e levou-a até o reino de Euristeu. No caminho, porém, ao atravessar a Arcádia, Héracles encontrou Ártemis e Apolo, que quiseram tomar o animal que lhes pertencia, acusando-o de sacrilégio. Héracles explicou-lhes que, para expiar a culpa de haver matado seus filhos com Mégara, estava condenado a realizar trabalhos para Euristeu, a quem atribuiu a responsabilidade pelo ocorrido. Desta forma convenceu-os a deixá-lo levar a corça ao palácio do rei, em Micenas, com a condição que este a libertasse assim que a tivesse visto. Além disso o herói ofereceu sacrifíciosexpiatórios a Ártemis, para apaziguar os resquícios de sua ira.
Píndaro apresenta ainda uma outra versão do mito, onde Héracles persegue a corça em direção ao norte, passando pela Ístria até chegar ao país dos Hiperbóreos, nas geladas regiões do Ártico. Lá, Ártemis os acolhe com benevolência.


Javali de Erimanto


javali de Erimanto era, na mitologia grega, um monstro terrível que descia todos os dias do monte Erimanto, na Arcádia, para assolar as vizinhanças. No quarto dos seus famosos doze trabalhosHéracles recebeu a missão de capturar vivo o javali e trazê-lo até o rei Euristeu.


Héracles, com a força dos seus berros, expulsou a fera de seu esconderijo no topo da montanha, perseguiu-a através da neve que cobria a região e cansou-a até poder ser capturada. Depois disso, Héracles colocou o javali sobre os ombros e levou-o até o palácio de Euristeu, em Micenas. Ao ver o monstro, Euristeu foi tomado de pavor e escondeu-se numa grande ânfora que mantinha no palácio para esconder-se em caso de perigo.



Aúgias


Na mitologia gregaAúgias ou Áugias (em gregoἈυγείας – "brilho") foi um rei de Elis e marido de Epicaste. Aúgias foi um dos Argonautas.
Ele é famoso por seus estábulos, que guardavam o maior número de gado bovino daquela região e jamais haviam sido limpos – até a época do grande herói Hércules.
A linhagem de Aúgias varia nas origens: segundo Pausânias, ele é o filho e sucessor do rei Eleios de Élis, e menciona como exagerada a versão de que ele é filho do deus Hélio. Outros autores mencionam ele ter sido filho de Hélios e Nausidame, ou do rei Eleios de Elis e Nausidame, ou de Posídon, ou de Forbas. Os filhos dele foram Epicasta,FileuAgamede (a mãe de Díctis com Posídon), Agástenes e Eurito.

O quinto trabalho de Hércules

O quinto dos trabalho de Hércules foi limpar os estábulos de Aúgias em um dia. Isto era visto como humilhante (mais do que incrível, como os trabalhos anteriores) e impossível, já que o gado era divinamente sadio (imortal) e assim produzia um enorme quantidade de esterco. Mas Héracles o cumpriu em um dia, desviando o rio Alfeu para lavar os estábulos; e sem fazer nada que o desgraçasse e o tornasse indigno da imortalidade.
Na versão de Pausânias, Aúgias havia prometido algum prêmio a Héracles pela tarefa, e Héracles desviou o rio Menius
Na versão de Diodoro Sículo, este é o sexto trabalho[(precedido pela expulsão dos pássaros do Lago Estínfalo, e seguido pela captura do Touro de Creta)
O valor deste trabalho foi às vezes questionado porque as águas limparam os estábulos e porque Héracles foi pago.

Guerra entre Héracles e Aúgias

Aúgias se irou, porque prometeu a Héracles um décimo de seu gado se os estábulos fossem de fato limpos em apenas um dia. Ele se recusou a cumprir isso, e se preparou para a guerra: primeiro exilou seu filho Fileu, que havia defendido Héracles, depois procurou arrumar aliados, oferecendo uma parte do reino aos filhos de Actor e a Amarynceus
Na guerra que se seguiu, Héracles não conseguiu vencer Aúgias pela força, mas através da traição: quando os coríntios proclamaram uma trégua, Héracles preparou uma armadilha e assassinou os filhos de Actor.Segundo Diodoro Sículo, Héracles atacou uma procissão sagrada que havia saído de Élis para o istmo de Corinto em honra a Posidão, e neste ataque, próximo a Cleonae, Héracles matou Eurito, filho de Aúgias.
Finalmente, Héracles tomou e saqueou Élis com um exército de argivos, tebanos e árcades,entregando seu governo e os prisioneiros a Fileu, o que salvou a vida de Aúgias.[9]Segundo Diodoro Sículo, Héracles matou Aúgias. Em seguida, Héracles se dirigiu contra os aliados de Élis, Pilos e Pisa; ele atacou Pilos, mas foi impedido de atacar Pisa por um

Fundação dos Jogos Olímpicos

Hércules então fundou os Jogos Olímpicos:

Os jogos que pela antiga tumba de Pélope o poderoso Hércules fundou, após ter vencido Cleatos, filho divino de Posídon, e vencido também Eurito, que ele pode ter pulsado do tírano Aúgias contra recompensá-lo por serviço prestado.

Lago Estínfalo


lago Estínfalo (em gregoΛίμνη Στυμφαλία = Límnê Stymphalía) fica na Grécia, localizado na Arcádia, região do Peloponeso, perto deCorinto.
O lago está cercado por terrenos bastante úmidos, usados para a agricultura. A região é rica em aves, anfíbios e plantas.
O lago Estínfalo é mencionado com frequência na mitologia grega, devido às poderosas aves de rapina que viviam numa espessa floresta que circundava suas margens e que devoravam carne humana. Estas aves eram verdadeiros monstros, cujas asas, cabeça e bico eram de ferro, e, pelo seu gigantesco tamanho, interceptavam no voo os raios do Sol. Foram finalmente exterminadas por Héracles, que, em um dos seus famosos doze trabalhos, atacou-as com suas flechas envenenadas. 

Touro de Creta

Touro de Creta, na mitologia grega, foi uma fera que viveu na ilha de Creta e que foi capturada por Héracles em um dos seus famosos trabalhos. Outras lendas o associam ao Minotauro e ao rapto de Europa.

A origem do touro

Conta a lenda que o touro de Creta emergiu do mar Egeu, enviado pelo deus do mar, Poseidon, a pedido de Minos, filho do rei Asterion. Minos, cuja sucessão ao trono estava sendo contestada, pediu a Poseidon que intercedesse a seu favor, fazendo surgir das águas um sinal de sua legitimidade. Poseidon impôs a Minos a condição de que o touro deveria ser depois sacrificado em seu nome. Minos, porém, admirado com a beleza do touro branco, misturou-os com outros do seu rebanho, e sacrificou um animal de menor valor. Esta desobediência provocou a ira de Poseidon, que castigou Minos, tornando o animal incrivelmente furioso.Com isso sua mulher manteve relações com o touro, nascendo, então o Minotauro.O touro passou a aterrorizar a ilha de Creta, atacando a população, que foi forçada a encerrar-se em suas casas. 

Héracles e o touro

O touro só foi derrotado por Héracles, a mando de Euristeu, no que ficou conhecido como o sétimo dos seus trabalhos. O herói desembarcou em Creta, subjugou o touro pelos cornos e o levou para a Argólida, onde o entregou a Euristeu. Este quis entregá-lo a Hera, mas a deusa, não querendo aceitar um presente vindo de Héracles, pôs a fera novamente em liberdade. Teseu, mais tarde, acabou capturando-o nas planícies de Maratona


Cavalos de Diomedes

Os Cavalos de Diomedes, na mitologia grega, semeavam o terror e viviam atados por correntes de ferro aos seus bebedouros de bronze. SeudonoDiómedes, alimentava-os com carne humana. Diómedes era o rei dos Bistones, uma raça guerreira, e era filho de Ares e Cirene.
Eles eram Podargo ou o " Brilhante", Lâmpon ou o "Resplendor", Janto ou o "Amarelo" e Deino ou o "Terrível".
Héracles no seu 8º trabalho foi encarregado de capturar os quatro cavalos de Diómedes e levá-los para Micenas, o que fez com a valentia, aforça e o talento que o caracterizavam. Navegou à Trácia com um grupo de voluntários e soltou os cavalos, porém quando os Bistones vieram recuperar os cavalos, ele entregou os cavalos à guarda de Abdero, filho de Hermes, que foi morto pelos cavalos. Héracles derrotou os Bistones, matou Diómedes e fez os demais fugirem.No local onde Abdero morreu, ele fundou a cidade de Abdera.Héracles finalmente levou os cavalos para Euristeu, mas ele deixou os cavalos livres, e eles foram até o Monte Olimpo, onde foram mortos por bestas selvagens.
Em outra versão, Hércules foi à Trácia sozinho, apresentou-se diante de Diómedes, a quem matou com a sua famosa maça, e arrastou o seucorpo inerte até à margem de um grande lago artificial que ele mesmo tinha construído, fazendo um túnel entre as terras baixas e o mar e entregou-o aos quatro cavalos selvagens e carnívoros que, entretanto tinha libertado e instalado sobre um outeiro rodeado pelas águas do lago. Uma vez alimentados com a carne de Diómedes, rei da Trácia, os cavalos, cuja voracidade se tinha acalmado, puderam ser capturados docilmente por Hércules, que cumpriu assim vitoriosamente o seu oitavo trabalho.

Hipólita

Em muitas versões, Teseu casa ou com Antíopa ou com Hipólita, tendo como filho a Hipólito. Teseu casa-se, posteriormente com Fedra, deixando a sua mulher ou morrendo esta dando à luz. Na versão em que Teseu casa e abandona Hipólita, esta volta com as suas guerreiras durante o casamento com Fedra para chacinar toda a gente. O ataque falha e Hipólita é morta (numa das versões, pelos homens de Teseu, noutra versão, por Pentesileia, outra amazona).

Gerião

Gerião (do grego antigo Γηρυών), na mitologia greco-romana, o nome de um dos gigantes, filho de Crisaor e de Calírroe, dotado de três cabeças; era irmão de Équidna, monstro metade mulher metade serpente, que gerou o cão Ortro, que velava pelo gado de Gerião.Seu mito está ligado ao de Hércules, a quem coube, num dos seus trabalhos, roubar-lhe os bois.


Gerião habitava Erítia (a "vermelha"), uma das míticas ilhas das Hespérides, situada no extremo Ocidente do mar Mediterrâneo. Trata-se provavelmente da Espanha, próximo a Cádiz

Origem do nome

O nome Gerião deriva do verbo grego γηρύειν (guerýein), que significa gritarfazer ressoar, possivelmente porque ele era um pastor ou porque este talvez fosse originalmente o nome docão que lhe pastoreava o rebanho.


 

Características

Gerião tinha três cabeças (policefalia) e três torsos.Era um ser cruel, cuja deformidade ia até os quadris.

Hércules e os bois de Gerião

Seu cobiçado rebanho de bovinos vermelhos era guardado pelo pastor Eurítion e pelo cão Ortro, próximo ao local em que também pastava o rebanho de Hades (Plutão), cuidado porMenetes.
Havendo Hércules recebido de Euristeu a incumbência de capturar o rebanho de Gerião, atravessa o Oceano na Taça do Sol e, chegando à Erítia após várias aventuras (dentre as quais a abertura do estreito de Gibraltar), liquida Ortros com sua clava e depois derrota Eurítion. Avisado por Menetes, Gerião trava com o herói um combate às margens do rio Ântemo, onde é finalmente é morto a flechadas. Hércules então segue sua jornada de volta à Grécia, enfrentando vários desafios.
Junito Brandão, computando a Hércules treze tarefas(sendo a última a vitória sobre a morte), diz que seus três últimos trabalhos compõem essa escalada do herói rumo à vitória; o périplo até as terras brumosas de Gerião seria, assim, parte desse seu "namoro com Thánatos".

Gerioneida, a morte de Gerião

Neste poema Estesícoro de certa forma procede a uma humanização do monstro Gerião, tomando de Homero a imagem da morte de uma das suas cabeças com o cair de uma pétala, restando entretanto as demais; também recorre à imagem de sua mãe Calírroe a lamentar sua morte, tal como Hécuba fizera na Ilíada.

Revisão do mito na cultura ibérica medieval

Já em Portugal o monge Bernardo de Brito trata o monstro como um invasor, que procurou estabelecer na Lusitânia uma colônia hispânica. Seria, assim, uma figura real, histórica: "Reynou Gerião em Espanha, depois da morte de Beto vltimo Rey dos naturaes, & descendẽtes de Tubal, trinta & quatro annos, & sua morte succedeo, aos quinhentos & quarenta & cinco do dilluio, no qual tempo se acabou a idade dourada nestas partes, & começarão os homens a cometter insultos, & latrocinios, seguindo o exemplo do Rey que os gouernara: que hum Senhor desalmado basta pera contaminar hum Reyno todo.".


Pomo de ouro


Na mitologia, o pomo de ouro (ou maçã de ouro) é um elemento recorrente em lendas e contos de fadas. Geralmente, os heróis devem resgatar a maçã escondida ou roubada pelos vilões.

Mitologia grega

Em mais uma ocorrência, Zeus promove um banquete pelo casamento de Peleu e Tétis. Estando fora da lista de convidados, a deusa da discórdia Éris coloca uma maçã dourada na cerimônia, com uma inscrição onde se lê "Para a mais justa". Três deusas desejam a maçã:HeraAtena e Afrodite. Zeus se lembra de Páris como o mais belo dos homens mortais, e sabia que ele julgaria uma competição de touros. Ares é enviado sob forma de touro para participar. Sendo um deus, era perfeito em todos os aspectos e ganhou a competição. Zeus agora sabia que Páris faria bom julgamento, e o envia a maçã, indicando que as deusas deveriam aceitar sua decisão sem discussão. Cada uma delas oferece a Páris uma oferta para obter a maçã. Hera o oferece ser um rei famoso e poderoso. Atena o oferece ser sábio, mais que alguns dos deuses. Afrodite o oferece a mulher mais linda como esposa. Esta é a escolhida, e a mulher oferecida foi Helena de Tróia, o que eventualmente resultou na Guerra de Tróia. A maçã de Éris é posteriormente chamada Pomo da Discórdia.

Jardim das Hespérides

Na Mitologia grega, o Jardim das Hespérides foi a morada destas ninfas. Situado às margens do rio Oceano, guardado por um dragão (ou uma serpente). As Hespérides personificam o final da tarde, transição entre o dia e a noite.

O Jardim

Hera recebera de Gaia lindas maçãs (pomos) de ouro como presente de seu casamento com Zeus e mandou plantá-las em seu longínquo jardim, no extremo Ocidente. Ela deu às Hespéridesninfas do entardecer e filhas de Atlas, a função de proteger este jardim. Quando as ninfas começaram a usar os frutos de ouro para próprio benefício, Hera teve de procurar um guardião mais confiável. Assim Ladon, o dragão com um corpo de serpente e cem cabeças, passou a proteger o jardim.


O 11° Trabalho de Héracles

Héracles foi incumbido de trazer a Euristeu algumas dessas maravilhosas maçãs de ouro e o herói precisou, antes de mais nada, descobrir a localização do jardim de Hera. Isso lhe deu mais trabalho que o 11º trabalho em si: precisou ir para o norte da Grécia, depois para a Líbia, para o Egito, para a Arábia e para a Ásia Menor — e teve aventuras em cada um desses lugares.
Héracles finalmente regressou a Micenas, mostrou as maçãs de ouro a Euristeu e entregou-as a Atena, pois eram propriedade de Hera. Atena encarregou-se de recolocá-las no Jardim das Hespérides.

Atlas (mitologia)

Atlas (em gregoΆτλας) - também chamado Atlante - foi um dos titãs gregos, condenado por Zeus a sustentar a terra para sempre. Atlas foi o primeiro rei da míticaAtlântida. Era casado com Pleione e com quem teve sete filhas, as chamadas de Plêiades.

Origens


O castigo eterno


Atlas: nome presente na geografia e medicina

Além de emprestar seu nome a estas acepções, Atlas nomeia a primeira vértebra da coluna cervical - uma clara referência ao local onde sustentava o gigantesco peso a que fora condenado suportar.

Cérbero

Na mitologia gregaCérbero ou Cerberus (em gregoΚέρβερος – Kerberos = "demónio do poço") era um monstruoso cão de múltiplas cabeças e cobras ao redor do pescoço que guardava a entrada do Hades, o reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem.

Morfologia

A descrição da morfologia de Cérbero nem sempre é a mesma, havendo variações. Mas uma coisa que em todas as fontes está presente é que Cérbero era um cão que guardava as portas do Tártaro, não impedindo a entrada e sim a saída. Quando alguém chegava, Cérbero fazia festa, era uma criatura adorável. Mas quando a pessoa queria ir embora, ele a impedia; tornando-se um cão feroz e temido por todos. Os únicos que conseguiram passar por Cérbero saindo vivos do submundo foram HéraclesOrfeuEnéias e Psiquê.
Cérbero era um cão com várias cabeças, não se têm um número certo, mas na maioria das vezes é descrito como tricéfalo (três cabeças). Sua cauda também não é sempre descrita da mesma forma, às vezes como de dragão, como de cobra ou mesmo de cão. Às vezes, junto com sua cabeça são encontradas serpentes cuspidoras de fogo saindo de seu pescoço, e até mesmo de seu tronco.

monstro tricéfalo Cérbero presidindo sobre oterceiro ciclo infernal, aquele dos glutãos e dosepicúrios; uma aquarela do londrino William Blake(1757-1827); National Gallery of Victoria,Austrália.
Quanto à vida depois da morte, os gregos acreditavam que a morada dos mortos era o Hades, que levava o nome do deus que o regia, ao lado de Perséfone. Hades era irmão de Zeus. Localizava-se nos subterrâneos, rodeado de rios, que só poderiam ser atravessados pelos mortos. Os mortos conservavam a forma humana, mas não tinham corpo, não se podia tocá-los. Os mortos vagavam pelo Hades, mas também apareciam no local do sepultamento. Havia rituais cuidadosos nos enterros, e os mortos eram cultuados, principalmente pelas famílias em suas casas. Quando os homens morriam eram transportados, na barca de Caronte para a outra margem do rio Aqueronte, onde se situava a entrada do reino de Hades. O acesso se dava por uma porta de diamantes junto a qual Cérbero montava guarda.
Para acalmar a fúria de Cérbero, os mortos que residiam no submundo jogavam-lhe um bolo de farinha e mel que os seus entes queridos haviam deixado no túmulo.
Seu nome, Cérbero, vem da palavra Kroboros, que significa comedor de carne. Cérbero comia as pessoas. Um exemplo disso na mitologia é Pirítoo, que por tentar seduzir Perséfone, a esposa de Hades e filha de Deméter, deusa da fertilidade da Terra, foi entregue ao cão. Como castigo Cérbero comia o corpo dos condenados.
Cérbero era filho de Tífon (ou Tifão) e Equídina, irmão de Ortros e da Hidra de Lerna. Da sua união com Quimera, nasceram o Leão de Neméia e a Esfinge.

Um comentário:

  1. Achei um trabalho mt interessante..Mas gostaria de uma comparaçao dos 12 trabalhos de Hercules com o filme os 12 trabalhos'...Obg'

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